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Carnaval deve movimentar R$ 8 bilhões, aponta pesquisa

Segundo CNC, estimativa é superar os dois últimos anos

Foliões já procuram lojas para comprar itens do Carnaval
Foliões já procuram lojas para comprar itens do Carnaval |  Foto: Péricles Cutrim
  

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgou uma estimativa de arrecadação para o setor de turismo deste ano durante o Carnaval. Segundo a instituição, a expectativa é superar os dois anos anteriores, movimentando mais de R$ 8 bi – número 27% maior que o mesmo período de 2022. 

No Rio, já estão a todo vapor as vendas de itens carnavalescos nas lojas do Saara, no centro. A máscara mais barata foi encontrada a R$ 3,99. E a mais cara a R$ 29,99, do personagem Coringa. E tem de tudo: buzina, corneta, chapéus, colares havaianos, saias de tule, óculos.

"Está dentro do padrão, vendendo bem. No Carnaval mesmo, sai ainda mais. As pessoas levam um pouco de tudo. Vem criança, adulto. Os nossos preços estão muito ao custo para o cliente poder levar e até para revender", disse a comerciante Andrea Costa.

O comércio carioca espera aumento de 3,5% nas vendas até o fim da festa. É o que mostra a pesquisa do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio (SindilojasRio). As entidades ouviram 200 empresários da capital fluminense durante a semana de 9 a 13 de janeiro. 

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Máscaras

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|  Foto: Péricles Cutrim
  

O artista plástico Gabriel Barros que faz os adereços mais tradicionais do carnaval, as máscaras, revela que a tendência para 2023 tem sido a mesma de outros anos.

"O pessoal vem querendo máscara de animal, de monstros, quanto mais feios, o pessoal gosta mais. E de forma variada: machucado, caveira", brinca. 

Formado pela Escola de Belas Artes da UFRJ, Barros diz que produz, em média, até 3 mil máscaras por ano. Todas feitas por encomenda. Os itens são feitos a base de látex, ou borracha natural, além de pet e EVA. E demoram entre 3 a 4 meses para serem produzidos.

"A maioria das vendas eu faço via telefone, porque são máscaras personalizadas, feitas por encomenda, mais ou menos dessa forma. Por rede social, também. Eu entrego em vários locais: Centro do Rio, em Niterói, na Baixada", explica.

É prematuro, na visão do artista, estimar um total de vendas no primeiro Carnaval com blocos oficiais neste pós-pandemia de Covid-19. Mas ele é otimista.

"Carnaval é sempre de última hora. Ele acontece mesmo na última semana. Por enquanto, é um esquenta. Ainda estamos no começo de fevereiro. Só depois que o pessoal investe mais". 

Blocos

Os blocos chamados de mega, por costumarem reunir mais de 100 mil pessoas nos desfiles do pré-carnaval e do carnaval do Rio de Janeiro, estão terminando os preparativos para se encontrarem novamente com os foliões.

O Chora me Liga vai reunir os foliões no sábado (11). Já no carnaval, como nos anos anteriores à pandemia, o sábado (18 de fevereiro) é do Cordão da Bola Preta, que tradicionalmente costuma receber mais de 1 milhão de foliões.

Na terça de carnaval (21), será a vez do Fervo da Lud. As apresentações se estendem até depois do chamado período momesco. Encerrando a agenda dos megablocos, o Bloco da Anitta se apresenta no sábado (25) e o Monobloco fecha os desfiles no domingo (26).

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