Os números da dengue nos três primeiros meses de 2023 (até a última sexta - 25) no Estado do Rio já assustam. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, já foram registrados 8.823 casos e uma morte confirmada causada pela doença este ano. Em 2022, no mesmo período, foram 1.283 registros, ou seja, um crescimento de cerca de 700% do número de casos.
Os municípios com maior número de casos, além da Capital que lidera o ranking dos 10 primeiros, são nesta ordem decrescente: Campos dos Goytacazes, Itaperuna e Quissamã, todos da Região Norte Fluminense; Angra e Paraty (Sul Fluminense), Rio das Ostras (Região dos Lagos), Duque de Caxias e Belford Roxo (Baixada Fluminense) e Macaé (também no Norte Fluminense).
No caso da cidade do Rio, já foram registrados 3.799 casos nos três primeiros meses de 2023 (até esta segunda-feira - 27) contra 489 no mesmo período do ano passado, ou seja, o mesmo percentual de aumento da média estadual: cerca de 700%.
Além disso, a Capital do Estado já contabiliza no primeiro trimestre deste ano quase o número total de 2022, que foram 4.559 casos registrados de janeiro a dezembro
EPIDEMIA DESCARTADA
A Secretaria Estadual de Saúde informou ainda que o número de notificações de casos prováveis estão acima do que era esperado para o momento, mas não ultrapassaram o limite que poderia ser considerado epidemia. Houve um aumento do número de casos em comparação a anos anteriores, esclareceu ainda a Secretaria, que tiveram um número muito baixo de notificações em função da pandemia de covid-19.
A Secretaria Estadual de Saúde alerta ainda que, historicamente, a maior incidência de casos de dengue no Rio de Janeiro acontece exatamente entre os meses em que estamos, ou seja, entre março e abril.
O órgão estadual disse também que está monitorando a incidência da doença juntos aos municípios, "com o objetivo de evitar o agravamento da situação epidemiológica do Estado, apoiando as medidas de contenção estabelecidas nos planos de contingência, como uso do carro fumacê nos municípios, quando indicado; distribuição de inseticida para os municípios; realização de capacitações em ações de controle de mosquitos; capacitações sobre o atendimento a pacientes com dengue para médicos e enfermeiros das unidades de saúde de urgência e emergência; produção e divulgação de campanhas sobre proteção e prevenção, entre outras atividades".
Além das ações no plano de contingência, a Secretaria Estadual de Saúde disse que estabeleceu parceria com o Ministério da Saúde e com a Fiocruz para aprimorar o monitoramento da infestação do mosquito Aedes aegypti (trasmissor da doença) a partir da instalação de armadilhas chamadas ovitrampas, que atraem fêmeas do mosquito, tornando mais sensível o monitoramento do ambiente. Inicialmente, foram selecionados 10 municípios: Macuco, Vassouras, Volta Redonda, Itaboraí, Nova Iguaçu, Itaguaí, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, Cabo Frio e Saquarema.
10 MINUTOS CONTRA A DENGUE EM CASA
Por fim, a Secretaria Estadual de Saúde convoca a população a colaborar para a redução da proliferação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e Zika, fazendo uma checagem de 10 minutos por semana nas residências para eliminar os criadouros. A população também pode denunciar possíveis focos às Prefeituras.
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