Luta

Categoria da enfermagem entra em greve por piso salarial

Profissionais realizaram ato no Centro do Rio nesta sexta

Categoria fez um ato na manhã desta sexta-feira, no Centro do Rio
Categoria fez um ato na manhã desta sexta-feira, no Centro do Rio |  Foto: Divulgação
 

Os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, entre outros da categoria, pedem o pagamento do piso salarial de R$ 4.750 para funcionários dos setores público e privado. Em um ato, que ocorreu no Centro do Rio nesta sexta-feira (10), cerca de 3 mil profissões pediam por duas categorias. A partir de uma greve, decretada também nesta sexta-feira (10), apenas 30% dos profissionais estão nas unidades de saúde e 70% estão nas ruas, em manifestações. A mobilização é nacional. 

A diretora do Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro e coordenadora do Fórum Nacional da Enfermagem, Líbia Bellusci, detalhou como está a luta para fazer cumprir o pagamento do piso. 

“Nosso objetivo é piso salarial digno nos contracheques. Nós conseguimos aprovar lá no Senado e na Câmara uma lei que garante o piso salarial digno, mas a rede privada de grandes empresários pediram uma liminar ao Supremo Tribunal Federal (STF) suspendendo o piso, infelizmente o STF concedeu dizendo que não tinha fonte de financiamento. Nós fomos lá e conseguimos aprovar a fonte de financiamento através da Emenda Constitucional 127. Hoje, já existe o Fundo de Financiamento de Enfermagem e existem os valores para chegar na rede estadual, município, estado, rede privada e rede filantrópica, só que o Luís Roberto Barroso, do STF, quer saber como será a distribuição desses contemplados pela emenda constitucional 127. Ele pediu uma nova lei e estamos fazendo um apelo para o ministro Rui Costa entregar uma medida provisória que vai responder o que o Barroso quer”, disse ela. 

O valor de mais de R$ 4 mil como piso dos enfermeiros foi aprovado pelo Congresso, mas suspenso por Barroso há seis meses. Com a medida provisória solicitada por eles a Rui Costa, esse valor poderá começar a valer. Os atos ocorrem em todo o país. No Rio, a manifestação teve início na frente do Hospital Municipal Souza Aguiar, seguindo pela Avenida Presidente Vargas até a Câmara dos Vereadores, na Cinelândia. 

“Estamos há mais de 30 anos nessa luta. Na pandemia, fomos os que mais morremos e, mesmo assim, nunca faltamos. Mas, hoje, não podemos mais esperar. Estamos em greve no Rio assim como em outros estados e queremos o piso salarial digno para voltarmos a trabalhar 100% nas unidades de saúde. Agradecemos os aplausos, mas queremos o piso salarial que merecemos”, afirmou Líbia que disse que tem profissionais que ganham R$ 1,5 mil e não conseguem pagar as contas, comprar comidas e sustentar o aluguel, alguns trabalhadores foram ao ato por causa de vaquinha, já que muitos não tinham dinheiro nem para a passagem. 

Miriam Lopes, presidente do Sindicato dos Técnicos e Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Rio de Janeiro, contou que a greve foi decidida em uma assembleia unificada no último dia 3.

“Hoje (sexta), teremos uma assembleia, às 17h, via zoom para os profissionais do Rio de Janeiro para reavaliar as greves. Essas assembleias sempre ocorrem após os atos que fizermos para ouvir a adesão dos profissionais nas unidades de saúde. Os profissionais que vieram estão sendo assediados pelos patrões, chefes, pelas pessoas que somos subordinados. A gente pretende fazer restrição de atendimento. Os 30% que estão na unidade estão fazendo todos os atendimentos. As redes privadas e filantrópicas não querem os pisos porque não querem pagar, porque dinheiro têm, os donos desses locais tem iates por exemplo”, afirmou Miriam. 

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