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Chuva alerta para risco em encosta que desabou na Alameda em Niterói

Publicada às 19h16. Atualizada às 21h18.

Imagem ilustrativa da imagem Chuva alerta para risco em encosta que desabou na Alameda em Niterói
|  Foto: Pedro Conforte
Risco para motoristas que passam no trecho no sentido São Gonçalo. Foto: Pedro Conforte

A chuva forte desta sexta-feira (5) disparou o alerta para a necessidade de obras de contenção na encosta, que ainda não foram concluídas, no trecho onde houve dois deslizamentos de terra, na Alameda São Boaventura, bairro do Fonseca, em Niterói, no final do ano passado.

A Câmara Municipal, através do vereador Paulo Eduardo Gomes (Psol), já encaminhou três ofícios, o último nesta quinta-feira, à Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento de Niterói, solicitando urgência.

A preocupação com a previsão de chuva na cidade fez, inclusive, a prefeitura antecipar uma série de ações preventivas, visando diminuir o impacto negativo nas ruas.

Passados mais de três meses onde, pela primeira vez, parte da encosta veio abaixo sobre o início da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-104), na pista sentido São Gonçalo, moradores das comunidades Bonfim e Castro Alves, permanecem aflitos com a falta de reparos no trecho.

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Postes de energia elétrica ameaçam cair sobre a Alameda São Boaventura. Foto: Pedro Conforte

Sobretudo por conta do temor de novos deslizamentos, que, segundo moradores, podem afetar imóveis construídos à beira do precipício. Postes ameaçando cair sobre a Alameda São Boaventura também preocupam.

De acordo com moradores, há comprovantes de protocolos feitos na concessionária de energia elétrica Enel Distribuição Rio, mas que até esta sexta-feira (5) nenhuma providência foi tomada.

Procurada, a empresa informou que acompanha o caso desde 11 de dezembro e que, naquele momento, não havia risco iminente para o poste. A companhia esclareceu ainda que fará nova inspeção no local.

O local onde ocorre o problema fica em frente ao Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, na altura da região conhecida como Caixa D'água. Deslizamentos ocorreram em setembro e dezembro de 2020 na região.

Segundo a Comissão de Políticas Públicas e Controle Social da OAB - Seção Niterói e a Comissão de Habitação e Regularização Fundiária do Legislativo municipal, através do membro vereador Paulo Eduardo Gomes (Psol), em última visita no local, realizada no último dia 28 de janeiro, foi relatado que a única providência adotada pela prefeitura foi a colocação de uma cobertura plástica para proteger o solo contra novas incidências de águas da chuva.

"No entanto, dado o tempo decorrido, o material rasgou e já não cumpre seu objetivo"

Paulo Eduardo Gomes, vereador

Até esta sexta-feira (5), pedestres forma flagrados dividindo a calçada ocupada por entulhos, com carros que passavam pela via.

"As pessoas acabam passando pela rua mesmo porque a calçada está tomada de entulho, não foi feito nada pela Defesa Civil de colocar contenção para que as pessoas possam passar mais seguras", lamenta uma moradora da Travessa Antônio Saramago, que preferiu ter a identidade preservada.

Ainda de acordo com o vereador, foi observado que a estrutura da passarela metálica, que faz comunicação de um lado ao outro da Alameda São Boaventura, apresenta 'diversos pontos de corrosão na base de alguns pilares', o que, segundo análise, 'exige imediata fiscalização para avaliar reparos ou substituição e talvez interdição, até que se repare e não se exponha a população a mais riscos'.

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Pedestres dividem pista com carros na Alameda São Boaventura. Foto: Pedro Conforte

"É preciso priorizar a política habitacional na cidade e isso passa por uma priorização das iniciativas de regularização fundiária e por garantia de recuperação e segurança para as habitações já existentes e em situação de risco"

No dia 7 de dezembro, quando nova parte da encosta despencou no local citado na Alameda São Boaventura, um muro de residência foi atingido. Não houve feridos. Conforme moradores, a Defesa Civil esteve no local, mas ainda não prestou posicionamento'.

À época do primeiro deslizamento, em 23 de setembro, a prefeitura chegou isolar a passarela com faixas nas entradas. Com isso, os moradores precisavam fazer a travessia pela faixa de pedestres, que fica a cerca de 50 metros. Só que desde outubro, os pedestres decidiram arriscar fazendo a passagem pela passarela.

Procurada, a Prefeitura de Niterói disse que a Emusa está em fase final de elaboração do projeto e orçamento.

"A Defesa Civil reforça que a passarela não foi interditada. Há um alerta de risco, um trecho próximo a entrada da passarela foi interditado e não a passarela", explicou em nota.

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