Luta

Educadores pedem reajuste salarial em evento com Castro em Niterói

Governador inaugura emergência no Hospital Azevedo Lima

A categoria está em greve há alguns dias
A categoria está em greve há alguns dias |  Foto: Péricles Cutrim
 

Educadores de Niterói se reuniram para um protesto durante a inauguração da nova emergência do Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, em Niterói, nesta quinta-feira (15).

A categoria está em greve há alguns dias, pedindo a equiparação de seus salários com o piso nacional de R$ 4.420. 

Antes de Castro iniciar seu discurso, os manifestantes entraram na nova emergência e gritaram que "o pior salário da classe é do Rio de Janeiro". Eles também estavam com cartazes que diziam que a situação "é uma vergonha".

Governador Cláudio Castro foi ao Hospital Estadual Azevedo Lima para inaugurar nova emergência
Governador Cláudio Castro foi ao Hospital Estadual Azevedo Lima para inaugurar nova emergência |  Foto: Péricles Cutrim
  

Após falar sobre a inauguração do novo espaço, que vai contar com atendimento voltado para as áreas de clínica, ortopedia e obstetrícia, o governador mandou um recado para os manifestantes. 

“Queria dizer que, para quem fez o protesto, o quanto eu respeito a educação e que estamos trabalhando para melhorar. Aqui não tem briga política, a eleição já passou… Temos feito contas para tentar dar um salário mais digno. Não terei medo, não serei covarde de não tomar as decisões certas”, afirmou.

'Desafogar' o Heal

Muitas críticas feitas pelos pacientes incluem um fato em comum: a demora no atendimento do Heal. Questionado, o secretário estadual de Saúde do Rio, Doutor Luizinho, disse que havia um problema de fluxo.

“As pessoas entravam na sala vermelha e ficavam esperando a classificação de risco, de gravidade, esse fluxo era misturado. Aqui temos a UPA Fonseca também. Queremos organizar o fluxo de pacientes que virão para o Azevedo Lima e para a UPA e integrar os equipamentos para trabalhar em conjunto também com a cidade de Niterói, que temos trabalhado, para melhorar o fluxo", frisou.

Ele continuou dizendo: "O tempo de espera está ligado à sobrecarga aqui e precisamos melhorar isso. Essa obra melhora muito o fluxo do hospital e vamos organizar ali, do outro lado, um Centro de Trauma, com profissionais do mesmo nível do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat)”, disse. 

Doutor Luizinho informou, ainda, que a obra desse novo anexo do Heal foi feita em 90 dias. O secretário promete melhorar outros pontos da saúde ao redor do estado, incluindo a retomada das obras do Hospital da Mãe, em São Gonçalo. 

“Entregamos kits para as gestantes e temos um compromisso: vamos retomar as obras do Hospital da Mãe de São Gonçalo e construir uma outra maternidade de alto risco em São Gonçalo para dar dignidade para toda a região metropolitana do Rio”, afirmou o secretário. 

Cláudio Castro também falou sobre um outro problema enfrentado pelo Heal nos últimos meses: quando ex-funcionários da unidade fizeram atos, no mês de março, pedindo pelos salários que estavam atrasados. 

O grupo reclamava das demissões sem pagamentos das rescisões por parte do Instituto Sócrates Guanaes (ISG), que geria a unidade de saúde, que agora do Governo do Estado. 

“A questão das Organizações de Saúde (OS) toda transição é difícil. Para se tomar grandes decisões, teremos dores de cabeça. Vamos tentar as medidas judiciais para que as pessoas recebam. Nós tivemos coragem de fazer a troca, que fizemos, respeitamos os contratos e quitamos todos os débitos, se a OS não teve responsabilidade que tivemos, ela tem que responder na Justiça".

Novo Espaço

A inauguração do novo espaço contou com ainda a presença de autoridades como o prefeito de Niterói, Axel Grael, e o vice-prefeito Paulo Bagueira, além do deputado estadual Douglas Ruas e outras autoridades.

O novo espaço conta com salas de classificação de risco, de medicação e de imobilização. A unidade, que completa 78 anos em 2023, é referência no atendimento de alta complexidade para a população de sete municípios da Região Metropolitana e recebe em média seis mil pacientes por mês, tanto na emergência quanto na maternidade. O investimento nas obras é de cerca de R$ 6 milhões.

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