Cidades

Em Itaboraí, prevenção da hanseníase vai além de Janeiro Roxo

Atualmente o Brasil ocupa a 2ª posição no mundo, entre os países mais acometidos pela doença, ficando atrás somente da Índia. Foto: Divulgação - Prefeitura de Itaboraí

A Secretaria de Saúde de Itaboraí realizou nesta semana, uma ação em alerta ao Janeiro Roxo, mês de conscientização sobre a hanseníase voltada para prevenção e orientação da população. Atualmente o Brasil ocupa a 2ª posição no mundo, entre os países mais acometidos pela doença, ficando atrás somente da Índia.

Com iniciativa do Programa Municipal de Controle de Hanseníase, foi montado na Unidade Básica de Saúde Prefeito Milton Rodrigues da Rocha, no Centro, uma base de apoio formada por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta e equipe administrativa do programa.

Durante toda manhã da última quinta-feira (30) eles conversaram com os pacientes, distribuíram folhetos orientativos e ainda agendaram cinco consultas de casos suspeitos com a médica especialista do programa.

“A hanseníase não é uma doença de diagnóstico fácil. Às vezes as pessoas têm manchas, ficam muitos anos com elas e depois que vão procurar um especialista. Então quando chegam pra nós no programa já estão com um diagnóstico muito tardio e isso leva a incapacidade em relação ao trabalho e também ao preconceito que hoje em dia ainda é muito grande”, contou a coordenadora do Programa Municipal de Controle de Hanseníase, Vanesca Temoteo.

Vanesca ainda explica que Itaboraí realiza durante todo ano buscas de novos casos para que seja feito um diagnóstico precoce da doença e assim evite a incapacidade do indivíduo.

“Para isso nós treinamos todas as equipes das unidades de saúde, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos. Precisamos buscar cada vez mais casos para que se tratem e tenham a oportunidade de cura, sem passar por toda dificuldade e preconceito”, reforçou a coordenadora, afirmando que Janeiro roxo no município é só um lembrete porque este trabalho intenso é feito durante todos os dias pela equipe.

“O maior problema hoje da hanseníase é o preconceito. É importante que as pessoas se olhem, se observem, cuidem da pele e quando observarem qualquer alteração procure o médico. Não deixem a doença avançar causando sofrimentos. Hanseníase tem cura e a nossa rede pública tem tudo para o tratamento correto e eficaz”, reforçou o secretário de Saúde, Júlio César Ambrósio.

No município de Itaboraí o tratamento inicial é realizado nas Unidades de Saúde da Família. Em cada uma os pacientes recebem as orientações, medicação, cuidados e um acompanhamento adequado para o sucesso do tratamento e evitar tanto transmissão quanto abandonos que algumas vezes ocorrem no meio do processo.

Dados do Programa Municipal de Controle de Hanseníase de Itaboraí mostram que hoje a cidade possui 21 pacientes em tratamento, mas outros 70 estão em fase de reação hansênica, que é quando após alta medicamentosa o paciente apresenta reação à doença.

A Secretaria de Saúde de Itaboraí oferece tratamento gratuito para hanseníase e faz um alerta para a doença que causa incapacidades físicas permanentes, principalmente nas mãos, pés e olhos. Quanto mais cedo diagnosticar a hanseníase, mais cedo a pessoa poderá ser tratada, e assim evitar as sequelas.

Conheça a hanseníase

Os principais sinais da doença são manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, alteração ou perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque. O doente de hanseníase também pode ter áreas de dormência e sensação de formigamento e fisgadas no corpo, além de diminuição da força muscular, podendo apresentar dificuldade para segurar objetos.

A doença pode provocar o surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular. A hanseníase é a doença infecciosa que mais cega. Se for diagnosticada a tempo, as sequelas podem ser controladas e o paciente terá uma vida normal.

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