Os garis da cidade do Rio iniciaram, na tarde desta segunda-feira (28), estado de greve por tempo indeterminado. A informação oficial é do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio, que representa os trabalhadores da Comlurb.
O órgão garante que a legislação está sendo respeitada e que apenas o contingente mínimo segue tralhando. A coleta de lixo é considerada como serviço essencial.
Representantes do sindicato estiveram reunidos com a direção da Comlurb nesta segunda, mas não chegaram a um acordo entre as partes.
A audiência virtual desta segunda foi realizada pela Câmara de Dissídios Coletivos da Justiça do Trabalho. O pleito dos representantes da Comlurb, não aceita pela categoria, era aumentar de 4% para 5% a proposta de reajuste salarial.
Presidente do sindicado, Manoel Meireles disse que a proposta não é aceitável. Segundo ele, os trabalhadores já lutam há três anos por conta de uma inflação de quase 20%.
“Nós estamos em greve procurando uma melhora para todos nós, e não podemos deixar furar. Se furar acaba tudo. Então nós vamos partir para a greve e amanhã [terça], às 14h, nós vamos fazer uma nova avaliação em frente à prefeitura. Até lá, o trabalhador que fique em casa, que não saia para não ter conflitos com os colegas", sugeriu o presidente.
Na semana passada, a categoria já tinha anunciado que entraria em estado de greve. O Tribunal Regional do Trabalho da 1º Região acatou um pedido da Comlurb e reconheceu ilegalidades na paralisação, afirmando que colocaria em risco o interesse público das atividades.
Proposta da categoria
- Reajuste de 25% nos salários;
- reajuste de 25% no tíquete alimentação;
- conclusão do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS);
- implantação do Adicional de Insalubridade para os Agentes de Preparo de Alimentos (APAs).