Os profissionais da educação municipal de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, decidiram permanecer em greve, após uma semana do anúncio. A prefeitura do município alega que negociações foram feitas com os educadores nesta semana. Cerca de 70% da categoria participa da ação, segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe).
O Sepe informou que, em assembleia realizada nesta segunda-feira (12) com cerca de 350 profissionais da rede, foi mantida a decisão de permanecer a greve. Segundo o sindicato, a decisão conseguiu arrancar a proposta de reajuste de 21,79% para todo o funcionalismo público municipal na semana passada. Esta era uma das reivindicações dos educadores, que se reuniram em frente à prefeitura durante um ato.
A votação da mensagem do prefeito que reajusta os salários de todos os funcionários municipais em 21,79%. acontece nesta quinta-feira (15), na Câmara dos Vereadores.
A Secretaria de Educação informou ao ENFOCO que a prefeitura enviou, na última semana, um Projeto de Lei para a Câmara que garante a reposição salarial de 21,79% nos vencimentos dos servidores efetivos. Com a reposição, nenhum professor ficará abaixo do piso nacional, alega.
'O plano de cargos e salários da categoria não cortou benefícios e nem reduziu vencimentos. Em relação ao último concurso, todos os aprovados que optaram por polos em que havia vaga foram convocados, sem exceção. A adesão à greve é uma escolha pessoal de cada professor e as escolas municipais estão funcionando. É importante salientar que as aulas que não foram ministradas serão repostas pelos professores em dias e horários a serem combinados com cada direção', informou a prefeitura em nota.
A equipe de reportagem esteve na Escola Municipal Nice Mendonça de Souza e Silva, na Venda da Cruz, nesta terça-feira (13), no local foi constatado que os profissionais estavam trabalhando com equipes reduzidas. Somente uma turma estava tendo aula no período da manhã, como alegou um dos funcionários.