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Hanseníase: São Gonçalo lidera ranking no estado

Município oferece atendimento nos polos sanitários de segunda à sexta-feira, sempre das 8h às 17h. Foto: SES/Mesquita

De acordo com a prefeitura, são cerca de 70 casos por ano, em média, notificados de hanseníase. Mas os casos negligenciados podem ser quase o triplo. Apesar da alta, o município oferece atendimento nos polos sanitários de segunda à sexta-feira, sempre das 8h às 17h. 

Para lembrar a data que é comemorada no próximo domingo (31) e alertar a população sobre a importância de vigiar o próprio corpo, a Coordenação do Programa de Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde vai fazer, em três polos sanitários que atendem e tratam a doença na cidade, uma ação de conscientização nas salas de espera. 

As ações vão acontecer nesta sexta-feira (29) nos polos sanitários Hélio Cruz, em  Alcântara, e Dr. Augusto Sena, em Rio do Ouro e na próxima quinta-feira (4), no Polo Sanitário Washington Luiz Lopes, no Zé Garoto.

O objetivo é alertar pacientes sobre o diagnóstico precoce da doença, que pode levar à incapacidade física irreversível se não for tratada no início.

Sua principal característica é uma mancha esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada em qualquer parte do corpo, que não coça e altera a sensibilidade da pele ao calor, à dor e ao tato.

"A hanseníase merece atenção e divulgação porque é uma doença negligenciada, muitos não a conhecem. Por se tratar de uma mancha que não coça, não dói, e só tem alteração de sensibilidade, o indivíduo não dá muita importância. É importante ficar atento aos sinais e deve-se procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico o mais rápido possível para iniciar o tratamento, que leva de seis meses a um ano. Hanseníase tem cura e o tratamento é totalmente gratuito e disponível no SUS” disse a coordenadora do Programa de Hanseníase da Secretaria de Saúde de São Gonçalo, enfermeira Mariana Lattanzi. 

Segundo a prefeitura, o tratamento é feito com antibiótico. O paciente tem que ir ao posto uma vez ao mês para tomar uma dose supervisionada de medicamento na unidade e leva a cartela de comprimidos para tomar as doses diariamente em casa.

Para os casos mais leves da doença, o tratamento leva seis meses. No entanto, o mesmo pode levar um ano, caso a doença esteja em nível mais avançado.

“Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor o resultado e menor a chance do paciente ter sequelas físicas”, explicou Mariana.

A Doença 
A hanseníase é uma doença transmissível que acomete a pele e os nervos da face, braços, mãos, pernas e pés de crianças e adultos. É transmitida por meio das vias aéreas, fala, tosse ou espirro e se dá por meio de uma pessoa doente e sem tratamento.

No entanto, ela não passa através de contato, como abraço, aperto de mão ou qualquer tipo de carinho. Ela tem cura e o tratamento é gratuito. Se não tratada, ela pode causar deformidades físicas e incapacidades.

Outras características da doença
Além das manchas e da alteração de sensibilidade, a doença pode se manifestar através de caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos. Ela também pode dar a sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés.

As áreas acometidas podem sofrer com diminuição de pelos e suor e também pode ocorrer o engrossamento do nervo que passa pelo cotovelo, levando a perda da sensibilidade e/ou diminuição da força do quinto dedo. 

Tratamento
O tratamento da hanseníase só é feito na rede pública de saúde e leva de seis meses a um ano. O paciente recebe, mensalmente, uma cartela com os comprimidos que tem que tomar durante aquele mês.

Quando termina a cartela, ele deve procurar a unidade de saúde onde realiza o tratamento para tomar outro medicamento no local e pegar a nova cartela de comprimidos. 

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