Previsão

Imunana-Laranjal volta a funcionar ainda nesta quinta, diz Cedae

Não foi informado, porém, quando a distribuição será normalizada

Produto químico que paralisou estação de tratamento pode ter vazado de oleduto da Petrobras
Produto químico que paralisou estação de tratamento pode ter vazado de oleduto da Petrobras |  Foto: Lucas Alvarenga

A Cedae informou que a previsão é que o funcionamento da Estação de Tratamento de Água (ETA) Imunana-Laranjal seja restabelecido ainda nesta quinta-feira (4).  Não foi informado, no entanto, quando a distribuição às residências dos municípios afetados com o desabastecimento há mais de 24 horas será normalizada.

Técnicos da companhia e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), além de agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) rastrearam as margens do manancial e localizaram o foco do problema em um oleoduto inativo da Petrobras, que fica às margens do Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense.

A contaminação foi constatada na quarta-feira (3) pela Cedae, às 5h59, em razão de alteração da qualidade da água bruta (ainda não tratada). Imediatamente, foram realizados testes no Laboratório Biológico de Rastreamento Ambiental (Libra), operado pela companhia, que interrompeu as operações de captação de água do manancial. 

A partir daí, foi criada uma força-tarefa e aberta uma investigação policial pelo crime ambiental, que vai prosseguir até que sejam identificados todos os responsáveis.

"Por determinação do governador Cláudio Castro, formamos o grupo de resposta ao problema e ativamos um plano de contingência, com ampla divulgação para a população, garantindo a segurança da água que está chegando aos imóveis, além de acionar as concessionárias para apoiarem com carros-pipa os serviços essenciais, como hospitais e escolas", explicou o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon.

Os rios Guapiaçu e Macacu foram mapeados a partir de diversos pontos de coleta de amostras, o que levou os técnicos a localizar o trecho por onde passa um oleoduto. Para impedir que a água contaminada do Rio Guapiaçu chegue ao ponto de coleta da Cedae, uma barreira foi montada em conjunto com o Inea. O instituto ainda vai realizar uma prospecção de solo (perfuração para coleta de material de análise) para aprofundar as análises.

"Esta força-tarefa em prol da sociedade e do ambiente vai trazer resultados. A multa para quem cometeu essa atrocidade pode chegar a R$ 50 milhões e será aplicada exemplarmente", ressaltou o secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.

Cerca de 2 milhões de pessoas, recebem a água tratada a partir do sistema Imunana-Laranjal, que abastece as cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.

Medições e análises continuam

Os técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Cedae e da Polícia Civil seguem mapeando e percorrendo as margens dos rios com apoio de helicóptero, drones e uma embarcação. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) também enviou peritos para acompanhar os exames para realizar vistorias e instaurou inquérito.

As amostras de água dos rios também vão continuar passando por análises do laboratório Libra, que conta com equipamentos japoneses ultramodernos e capazes de analisar, em 30 minutos, as composições físico-químicas e microbiológicas dos materiais, podendo identificar cianotoxinas, carbono orgânico volátil, mib e geosmina; além de pesticidas.

Sobre o tolueno

O tolueno é um hidrocarboneto aromático, inflamável, incolor, volátil, de odor característico. É altamente danoso à saúde se ingerido ou inalado. A substância é produzida na fabricação de gasolina.

É comumente utilizado como matéria-prima de solventes orgânicos em colas e tintas, além de estar presente na borracha; colas e adesivos para ajudar a secar, dissolver e diluir outras substâncias; diluentes de tinta; limpadores de pincéis, esmaltes; removedores de manchas.

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