A morte do ciclista Conrado Bueno, de 33 anos, evidenciou um antigo problema da Avenida Marquês do Paraná, no Centro de Niterói, que é a falta ou condições das ciclofaixas. A vítima morreu após colidir com a traseira de um veículo e ser atropelado por um caminhão, na manhã desta terça-feira (24).
De acordo com a Prefeitura, o prazo de conclusão inicial da ciclovia era abril de 2020. No entanto, segundo o município, agora a implantação da via exclusiva para ciclistas se tornou prioridade e o cronograma foi antecipado. A previsão de entrega é até dezembro deste ano.
Em nota o Executivo informa ainda que o município trabalha para que não haja nenhuma vítima de trânsito, seja ciclista, motociclista, motorista ou pedestre. Especificamente no local do acidente, a Prefeitura faz obras de alargamento da via, intervenção complexa que exigiu dezenas de desaprovações na avenida para a abertura de uma ciclovia bidirecional totalmente segregada do trânsito de veículos automotores, para dar mais segurança a ciclistas.
Segundo o integrante do coletivo Pedal Sonoro, Luís Araújo, de 39 anos, os ciclistas da cidade cobram ciclovias no local desde 2014. Para ele, a morte de Conrado não pode ser tratada como acidente, mas como uma tragédia anunciada.
"A gente já cobra a conexão cicloviária há cinco anos, é um pedido muito antigo. Primeiro, foi prometido em audiência pública que teríamos em dezembro de 2015. Mas agora finalmente começaram as obras. A gente vê incidentes acontecendo no local de forma recorrente. Agora, aconteceu uma morte, que deveria e poderia ter sido evitada se houvesse uma infraestrutura adequada. O que nos preocupa é saber que essa obra vai deixar a Zona Norte de fora do planejamento", declarou.
Recordando
No dia 8 de agosto, um ciclista de 14 anos foi atropelado na Avenida Roberto Silveira, na altura da Rua General Pereira da Silva, em Icaraí, Zona Sul de Niterói. Na ocasião, o menino foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e não chegou a ter ferimentos graves.
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