Campanha

Motoristas e passageiros são orientados sobre importunação sexual

Iniciativa foi lançada nesta quinta na Rodoviária Novo Rio

Ação reuniu Detro e Secretaria Estadual da Mulher
Ação reuniu Detro e Secretaria Estadual da Mulher |  Foto: Péricles Cutrim

O Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) e a Secretaria Estadual da Mulher lançaram a campanha ''Não dê Carona ao Assédio'', que orientou motoristas e passageiros sobre o crime na manhã desta quinta-feira (17), na Rodoviária Novo Rio, na Zona Portuária.

A iniciativa amplia os canais de denúncias e as ações de conscientização da população. 

"A Secretaria da Mulher e o Detro criaram a parceria para capacitar os fiscais do Detro para trabalharem orientando, acolhendo e informando às possíveis vítimas de crimes de importunação sexual nos transportes intermunicipais. Além da capacitação para o acolhimento das vítimas, é trabalhar também os motoristas e funcionários das empresas de ônibus, para que eles sejam os canais de recebimento dessas denúncias", informou Tatiana Queiroz, superintendente de enfrentamento a violência contra a mulher.

Os funcionários e fiscais do Detro receberam um curso de capacitação voltado ao atendimento a passageiros vítimas. No treinamento eles aprenderam métodos de atendimento e acolhimento às vítimas, além de como abordá-las. Eles foram, também, orientados a agir com sensibilidade e não constranger os denunciantes.

"O Motorista pode interceder na ação, pode apenas acolher a mulher e encaminhá-la a uma delegacia de polícia próxima, ou encaminhar a um fiscal. Até mesmo orientar ela a baixar o aplicativo Rede Mulher e fazer o registro online. No aplicativo nós temos registro online, Polícia Militar, Patrulha Maria da Penha, botão do pânico. Ou seja, o motorista pode adotar uma série de ações positivas para que aquela mulher não se sinta mais fragilizada", ressalta. 

Aumento dos casos 

Dados do Instituto de Segurança Pública apontam um aumento de casos de importunação sexual desde 2020, quando os indicadores apontavam 997 casos. Em 2022, foram 1.723 registros e, em 815 deles, vítima e autor não tinham relação.

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