Cidades

Niterói discute expansão de arborização urbana

A Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (Sbau) e a Associação Profissional de Engenheiros Florestais do Estado do Rio de Janeiro estão realizando em Niterói, nesta quinta (19) e sexta-feira (20), o III Encontro Fluminense de Arborização Urbana no auditório do Reserva Cultural, em São Domingos. O evento, que tem apoio da Prefeitura de Niterói, pretende discutir e pensar melhorias para a qualidade ambiental do estado.

Nas plenárias de hoje, a administração municipal foi representada pelos secretários de Conservação e Serviços Públicos (Seconser), Dayse Monasa, e de Planejamento, Orçamento e Gestão, Axel Grael. Eles apresentaram as ações da Prefeitura tanto para a conservação e expansão da arborização na cidade como sobre proteção ambiental de uma forma mais ampla.

Dayse Monassa lembrou que a cidade conta hoje com cerca de 13 mil árvores, segundo levantamento do projeto Arboribus, que, até agora, mapeou toda a arborização em dez bairros. Das árvores identificadas, mais de 50% são espécies exóticas. O trabalho começou por São Francisco, cuja arborização data da década de 50 e, hoje, concentra cerca de 4 mil indivíduos arbóreos.

“A arborização em Niterói é objeto de um planejamento detalhado, tanto que, no projeto da TransOceânica, uma das principais obras de mobilidade urbana da cidade, foram plantadas ao longo da via 640 árvores de espécies nativas da Mata Atlântica, como sibipurunas, pau-ferro e ipês, para acompanhar a vegetação típica de nossa região”, explicou Dayse Monassa.

Ela salientou ainda as medidas que são tomadas pela Prefeitura para evitar o vandalismo contra as árvores. Segundo ela, toda vez em que é plantada uma muda, primeiro há uma conversa direta com o morador ou com a associação de moradores do bairro. A gestão das árvores nas áreas públicas e praças está a cargo da Seconser.

Já o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Axel Grael, falou sobre o programa “Niterói Mais Verde”, criado em 2014 e, a partir do qual, se estabeleceu que mais da metade do território do município passasse a ser protegido por unidades de conservação.

“A partir daí, a Prefeitura se dedicou à implantação dessas unidades, conseguindo recursos de R$ 100 milhões junto à Cooperação Andina de Fomento para obras de infraestrutura e sustentabilidade, principalmente na Região Oceânica. A cidade passa a contar com áreas como a do Morro da Viração, o Parque Orla Piratininga, Parque das Águas Escondidas (Centro) e, também, com o primeiro parque natural na Zona Norte, no Fonseca” informou Axel Grael.

Ele comentou, também, sobre projetos como o Niterói Jovem EcoSocial, que prevê a contratação de 400 jovens de comunidades carentes para atuar em programa de reflorestamento.

Axel Grael ainda abordou a questão das queimadas, lembrando que, em Niterói, esse problema foi mais grave no verão de 2014, quando foi registrado um período grande de estiagem. Segundo ele, à época, foi identificado que a principal origem do fogo era o acúmulo de lixo jogado em áreas impróprias.

< Voo de parapente gratuito para pessoas com deficiência em Niterói Concessão da Cedae será votada em conselho deliberativo <