Terreiro do Bogum

Barracão da Viradouro recebe visita em preparação para desfile

Prefeito de Niterói acompanhou de perto alguns preparativos

Axel visitou o barracão da Vermelho e Branco de Niterói nesta quinta
Axel visitou o barracão da Vermelho e Branco de Niterói nesta quinta |  Foto: Bruno Eduardo Alves/Prefeitura de Niterói

O prefeito de Niterói Axel Grael visitou, nesta quinta-feira (25), o barracão da Unidos do Viradouro na Cidade do Samba, no Rio, e acompanhou de perto os preparativos para o desfile do Carnaval de 2024. A vermelho e branco de Niterói levará para a avenida o enredo “Arroboboi, Dangbé”, sobre a energia do culto ao vodum serpente.

Durante a visita, o prefeito Axel Grael conversou com artistas, aderecistas, com o carnavalesco Tarcísio Zanon e conferiu detalhes de carros alegóricos e fantasias.

"Ver de perto a indústria da cultura que tem aqui é uma satisfação enorme. Poder conhecer de perto todo o trabalho, o esmero, da equipe da Viradouro tem para produzir o desfile é uma aula. A Viradouro é um orgulho da nossa cidade e quando ela entra na avenida não tem um niteroiense que não se emocione. E esse ano eu tenho certeza que não será diferente, porque o que está sendo preparado aqui, certamente vai emocionar", aposta o prefeito Axel Grael.

O “Arroboboi, Dangbé" que a Viradouro levará para avenida se manifestou desde as épicas batalhas na Costa ocidental da África e influenciou as lutas das guerreiras Mino, do reino de Daomé, iniciadas espiritualmente pelas sacerdotisas voduns, dinastia de mulheres escolhidas por Dangbé.

A energia do culto se estabeleceu no Brasil com a instalação de terreiros na Bahia por Ludovina Pessoa, sacerdotisa daomeana que veio com a missão de perpetuar a crença nos voduns. Ludovina foi uma liderança nas irmandades católicas e na formação do que hoje é o candomblé Jeje. Essa linhagem tem como referência o Terreiro do Bogum, centenário templo religioso em Salvador, dedicado à Serpente.

O carnavalesco Tarcísio Zanon, que assina o desfile da Viradouro, resolveu utilizar em algumas fantasias uma bem-sucedida experiência que usou em alegorias do último Carnaval. Segundo ele, a mesma arte cinética usada anteriormente agora se integra às fantasias. O carnavalesco se preocupou em aliar plasticidade e leveza em suas concepções.

“É uma preparação onde precisamos pensar em tudo. Como o nosso desfile será próximo ao amanhecer, optamos por acabamentos que farão efeito com a luz cênica da avenida e também com a luz do dia. Diferente do cinema, da TV ou do teatro, onde é possível fazer testes, nosso planejado é todo preparado aqui no barracão e precisa tudo certo na hora, por isso pensamos sempre também em imprevistos”, revela Tarcísio Zanon.

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