Aclamado

Com fábrica em SG, Mineirinho 'refri' vira patrimônio de Niterói

Decisão foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (19)

A fábrica só se mudou para terras gonçalenses em 1979
A fábrica só se mudou para terras gonçalenses em 1979 |  Foto: Péricles Cutrim

Mais de Niterói, impossível! O refrigerante Mineirinho e a bateria da Unidos do Viradouro viraram Patrimônio Cultural Imaterial da cidade. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (19). 

De acordo com o projeto de lei, de autoria do ex-vereador Marcos Sabino, o tombamento do refrigerante 'Mineirinho' se deu exclusivamente devido "sua importância na memória afetiva do povo niteroiense", não se propondo ao Tombamento da marca ou empresa.

Visando trazer alegria ao povo de Niterói, o ex-vereador conversou com o ENFOCO a respeito do projeto. 

"Eu fiz esse tombamento visando mais a afetividade. É um produto, um refrigerante. Mas a intenção foi preservar essa memória afetiva que todo niteroiense tem do Mineirinho. Desde o sabor, o rótulo, que está na nossa memória desde criança, passando por várias gerações", afirmou Sabino.

Em seguida, ele comentou sobre a repercussão. "Eu estou muito feliz com toda essa repercussão, que foi bem vista pelos niteroienses. Sempre gostamos dessas coisas que são 'nossas', como o Mineirinho, o italiano. É claro que a cidade fica feliz quando vemos a nossa história sendo preservada", finalizou o ex-vereador.

Ainda conforme a publicação no D.O,  após a devida análise e aprovação, o Departamento de Documentação e Defesa dos Bens Culturais da Secretaria Municipal de Cultura procederá ao registro do Patrimônio Cultural Imaterial, ora tombado, no Livro de Tombo das Atividades e Celebrações.

Apesar da fábrica do refrigerante com 'chapéu de couro' atualmente ser em São Gonçalo, logo quando se mudou de Minas Gerais foi por Niterói que a empresa se estabeleceu primeiro, lá em 1946. 

A fábrica só se mudou para terras gonçalenses em 1979, para Santa Catarina, com intuito de aumentar a produção. Local em que permanece até hoje.  

Furacão Vermelho e Branco

A Vermelho e Branco de Niterói foi a grande campeã do Carnaval de 2024
A Vermelho e Branco de Niterói foi a grande campeã do Carnaval de 2024 |  Foto: Péricles Cutrim

Além do 'refri', a bateria da tricampeã do Carnaval, também foi tombada. Agora, a Furacão Vermelho e Branco passa a integrar o patrimônio histórico, artístico e cultural, de natureza imaterial, do Município de Niterói. O projeto de lei é de autoria do vereador Anderson Pipico. 

Em uma conversa com o ENFOCO, Mestre Ciça informou que foi um enorme prazer para a bateria receber essa homeangem.

"Foi um maior prazer que eu recebo não por mim, né? Pela pela bateria em si da Viradouro. Porque é uma bateria que historicamente teve grandes ritmistas e grandes mestres de bateria que contribuíram pra isso. Mestre Jorjão, Paulinho, Pabllo. Eu que tive também, de 99 a 2009. Maurão e outros mais. E ritmistas antigos também, que fizeram história. Isso é um prêmio da Furacão. Isso é uma vitória deles", afirmou o mestre Ciça.

O mestre terminou dizendo que: "A respeito do prêmio, é um prêmio histórico. Isso aí é sensacional. Uma bateria se tornar patrimônio histórico, artístico e cultural. Você não tem preço para essa bateria maravilhosa. Só tenho que dar parabéns. Essa lei, esse projeto maravilhoso".

Com o samba-enredo "Arroboboi, Dangbé", a Vermelho e Branco de Niterói foi a grande campeã do Carnaval de 2024. A escola fez um desfile exuberante, com muitas cores e fez até uma cobra rastejar pela Marquês de Sapucaí.

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