Moradores do Largo da Batalha, bairro de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, estão indignados com o barulho causado pelos chamados ''rolezinhos'' de motociclistas, frequentes na região. Na madrugada desta quarta-feira (13), um grupo passou pelo bairro, deixando um rastro de ruídos e insatisfação.
O problema, que é denunciado pela população desde setembro de 2022, parece longe de encontrar uma solução eficaz, conforme mostram os relatos. Um morador, que preferiu permanecer anônimo, desabafou sobre a dificuldade de dormir e a constante frustração em relação à recorrência desses eventos.
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"Não consigo dormir. Esses 'rolezinhos' têm sido um pesadelo frequente em nosso bairro. Começam no início da madrugada e persistem por horas. É irritante e, o pior, parece que ninguém pode fazer nada para resolver esse problema", compartilhou.
Segundo ele, os motociclistas se reúnem nas proximidades de um posto de gasolina e, assim, iniciam os 'rolezinhos' pelo munícipio. Embora a polícia passe próxima a eles, a ausência de suporte legal eficiente impede intervenções mais acertivas.
Isso porque, embora a legislação municipal, representada pela Lei Nº 3.361, proíba a emissão de ruídos sonoros de veículos motociclísticos fora das normas estabelecidas, a proposição permanece sem regulamentação completa, mesmo com publicação, em novembro de 2021, do prefeito Axel Grael (PDT).
A Polícia Militar foi procurada e informou que "policiais militares do 12ºBPM (Niterói) realizavam patrulhamento de rotinaquando depararam-se com um grupo de motociclistas praticando direção perigosa nas imediações do Largo da Batalha. Após revista pessoal dos envolvidos e pesquisa documental dos veículos, uma motocicleta foi conduzida à 79ª DP, onde ficou apreendida pela falta de placa".
A Prefeitura de Niterói também foi contatada, e afirmou, em nota, que "há um modelo de gestão compartilhada sendo elaborado e que vai envolver órgãos municipais e estaduais para fiscalizar a circulação de motocicletas que produzem ruídos acima do permitido por lei".
O governo municipal também destacou que os moradores da cidade podem acionar a Polícia Militar em casos de perturbação da ordem pública ou mesmo em casos de desobediência à Lei do Silêncio, que estabelece limite de horários das 7h às 22 horas e, à noite, em períodos de 22h até 7h. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.
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