Uma das lojas mais tradicionais do Brasil, a Leader, do shopping Via Center, anexo ao Plaza Shopping, no Centro de Niterói, encerrou suas atividades na última sexta-feira (19). Sem nenhum comunicado prévio, consumidores foram surpreendidos com o fechamento da unidade. Apenas um pequeno cartaz foi colocado na vitrine da unidade para informar o fechamento.
O espaço que vivia movimentado e cheio de produtos está abandonado. Após o fechamento, o que se vê é apenas uma loja vazia, com manequins espalhadas e algumas sobras, como sacolas e caixas.
De acordo acordo com uma comerciante, que não quis ser identificada e que trabalha próximo ao local, o movimento ficou reduzido ao redor nos últimos dias.
“A loja fechou na última sexta-feira, foi o último dia em que funcionou. Não sabemos qual foi o motivo, mas o movimento reduziu”, limitou-se a dizer.
Uma cliente, que também não quis ser identificada, afirmou ser uma pena a unidade ter fechado.
“Eu vinha muito aqui nessa loja, já comprei muitas roupas. Era uma loja grande, tinha bastante variedades. Uma pena ter fechado”, lamentou.
No entanto, para os consumidores que ainda pretendem fazer compras em uma loja da Leader, há unidade em funcionamento na Rua Otávio Carneiro, número 86, em Icaraí, na Zona Sul de Niterói, como informa o cartaz fixado.
Procurada para saber o que motivou o fechamento da loja, a Leader não retornou o contato até o momento da postagem desta reportagem.
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Loja da leader no centro de Niterói fechada - Péricles Cutrim
Processo de recuperação judicial
No ano de 2016, a rede Leader entrou com pedido de recuperação judicial pela primeira vez para tentar se reestruturar, já que enfrentava uma dívida milionária. Cerca de três anos depois, em 2019, a varejista foi comprada pelo Grupo Legion Holdings.
No entanto, a pandemia da covid-19 impactou novamente o caixa da empresa. Em setembro de 2020, a Leader entrou na Justiça pela segunda vez pedindo recuperação judicial. Em março de 2021, anunciou o fechamento de 20 lojas e a demissão de cerca de 400 funcionários como parte de um plano de reestruturação para se manter ativa.
A rede chegou a ter mais de 150 lojas espalhadas por todo o Brasil e empregava cerca de 7 mil pessoas.
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