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Os lugares mais baratos para comprar ou alugar imóveis em Niterói

A procura por imóveis em Niterói e região teve aumento expressivo durante o 'super feriadão', do dia 26 de março até 4 de abril, revela o delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-RJ), em Niterói, Amarilio Flaeschen Junior.

"Identificamos nesse período um expressivo aumento na procura e pesquisa de imóveis por clientes de Niterói e Maricá"

Segundo o Sindicato da Habitação (Secovi) Rio, o bairro de Camboinhas, na Região Oceânica, valorizou em quase 11%. O preço médio do m² para venda de imóvel ficou em R$ 7.732, no comparativo de março com o mesmo período de 2020.

O Largo do Barradas (7,7%) também valorizou. Interessados em comprar residência na região encontraram o metro quadrado na faixa de R$ 4.084.

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|  Foto: Fonte: Centro de Pesquisa e Análise da Informação do Secovi Rio
Bairros como Barreto e Gragoatá apresentaram a maior desvalorização. Arte: Secovi Rio

Mais barato

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Ficou barato morar no Barreto, no comparativo de março passado com o mesmo período de 2021. Por lá, a queda foi de 4,4% nos valores do m². Foto: Arquivo/Pedro Conforte

Ficou mais barato morar no Barreto, bairro da Zona Norte. Por lá, a queda foi de 4,4% nos valores do m². O indicador aponta possibilidade de negócios por até R$ 4.824. O bairro Gragoatá (4,1%), Piratininga (3,7%) e Fátima (2,5%) também estão nesta lista de baixa nos preços para vendas.

Na avaliação do delegado Amarilio, boa parte da clientela aproveitou o tempo disponível para pesquisar unidades imobiliárias para aquisição e que pode refletir em futuros negócios nas diversas regiões da cidade.

Aluguel

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Imóveis no centro da cidade sofreram desvalorização na locação de até 3,2%. Foto: Arquivo / Pedro Conforte

Dos dez bairros analisados para locação em Niterói, apenas três tiveram queda nos indicadores: Boa Viagem (6,0%), Centro (3,2%) e Santa Rosa (2,6%). Já São Francisco (11,5%) foi a região mais cara para alugar um espaço, seguido do Ingá (9,6%) e Itaipu (9,5%).

Fonte: Centro de Pesquisa e Análise da Informação do Secovi Rio

Menos lançamentos

Os primeiros meses de 2021 não foram tão favoráveis para o setor imobiliário, como o ano de 2020.

A alta no desemprego e a instabilidade estratégica do poder público estão entre os motivos que freio nos lançamentos imobiliários.

"Devido ao aumento do desemprego e a queda na renda das famílias. Houve também a diminuição dos lançamentos em Niterói e Maricá"

Amarilio Flaeschen Junior, delegado do Creci-RJ

A expectativa, porém, é que com o avanço da vacinação o mercado possa voltar a atingir o patamar registrado no último ano.

Para o especialista, um ponto positivo foi o aumento no interesse por imóveis registrado durante os feriados antecipados.

Perspectiva no Rio

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Bairro de Copacaba figurou entre os mais procurados para negociações em março. Foto: Arquivo / Pedro Conforte

O Centro de Pesquisas e Análise da Informação do Secovi Rio (Cepai) fechou um novo relatório sobre o total de imóveis negociados no primeiro trimestre de 2021, na cidade do Rio de Janeiro.

O estudo, feito a partir de dados coletados com a prefeitura, comparou os resultados obtidos desde 2011 até os dias atuais.

Segundo a análise, o cenário para vendas de imóveis residenciais encontra-se favorável apesar da pandemia de Covid-19, o que acaba gerando um panorama de boas perspectivas para o setor.

De janeiro a março de 2021, foram totalizadas 9.645 transações residenciais no município, contra 6.984 registradas no mesmo período de 2020. O número contabilizado no primeiro trimestre de 2021 só perde para o apurado no início de 2013, quando a cidade registrou 10.450 transações imobiliárias residenciais.

A Barra da Tijuca foi o bairro mais procurado para venda de casas e apartamentos, com 991 negociações ao todo no período. Em seguida, aparecem as regiões do Recreio dos Bandeirantes (911), Jacarepaguá (644) e Copacabana (552).

Imóveis comerciais

Com relação aos imóveis comerciais, o total registrado no primeiro trimestre deste ano foi de 1.268 transações imobiliárias, contra 1.176 apuradas no mesmo período de 2020.

Os números revelam que a procura por salas e lojas começa a dar sinais de recuperação na Capital.

A Barra da Tijuca foi o local mais prpocurado para espaços comerciais, contabilizando 195 negociações entre janeiro e março. O Centro da cidade teve 181 transações no período.

Crédito Imobiliário

A Caixa Econômica Federal revelou que a concessão de crédito imobiliário cresceu 35,5% no primeiro trimestre de 2021 na comparação com o mesmo período do ano passado, divulgou a instituição financeira. Nos três primeiros meses do ano, o banco concedeu R$ 28,9 bilhões em empréstimos imobiliários, assinando 134,8 mil novos contratos.

Entre os segmentos do crédito imobiliário, os empréstimos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que financia a compra da casa própria com recursos da poupança, somaram R$ 16,1 bilhões, com alta de 103,1% em relação ao primeiro trimestre de 2020. Apenas em março, R$ 7,2 bilhões foram emprestados, volume 146,5% superior ao de março de 2020.

Com o resultado do primeiro trimestre, a carteira de crédito habitacional da Caixa, que mede o estoque de empréstimos, atingiu R$ 514,1 bilhões e alcançou 5,6 milhões de contratos. O banco continua como o maior financiador da casa própria no Brasil, concentrando 68,5% do mercado.

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