Saídas

Pai e mãe com medo de ameaças nas redes sociais? Confira dicas

Especialistas orientam em relação a mensagens compartilhadas

Policiamento em Escola ameaçada de ataque em SG, Colégio Estadual Santos Dias
Policiamento em Escola ameaçada de ataque em SG, Colégio Estadual Santos Dias |  Foto: Péricles Cutrim
 

As ameaças que circulam em grupos de WhatsApp viraram um assunto muito preocupante para pais e responsáveis. Mesmo a Polícia Militar reforçando o policiamento nas unidades escolares, ainda é um medo constante para muitos. Pensando nisso, o ENFOCO conversou com especialistas que explicaram qual é o melhor caminho a seguir nessas situações. 

O advogado criminal e professor de Direito Penal Carlos  Fernando Maggiolo afirmou que a intenção da divulgação dessas informações é a disseminação do medo, mas que a Polícia vem trabalhando para combater esse tipo de violência. 

“As redes sociais potencializam a barbaridade desses atentados, e a tendência de quem tem filhos matriculados nas escolas é de acreditar que estamos entrando numa situação de descalabro. Porém a realidade é bem diferente. A polícia vem fazendo um trabalho excepcional. No mês passado, foi capturado e internado um menor que estava planejando um ataque a um colégio. Puro trabalho de inteligência”, disse o especialista. 

Especialista enfatiza que as autoridades estão em busca de solucionar o problema

Levando para um âmbito mais humanizado, a psicóloga Camila Donnola analisa um aspecto positivo entre esses problemas que vêm preocupando os pais e mães. A especialista afirma que o medo dos pais de não conseguir proteger os filhos pode ser apontado como uma forma das crianças amadurecerem e aprenderem a avaliar a segurança por elas mesmas. 

Podemos, sim, orientar as crianças a tomar cuidados, como sempre na vida. Se qualquer boato sobre um ataque circular, especialmente entre grupos onde adolescentes participem, eles devem reportar imediatamente a pessoas de confiança e esses devem informar às autoridades. Não podemos correr o risco de fazer uma "caça às bruxas" e incriminar ou pôr em risco pessoas inocentes. Camila Donnola, Psicóloga, Coordenadora da Rede de Ambulatórios de Saúde Mental de Niterói
  

A psicóloga ainda orienta como os pais podem conversar com seus filhos em situações como essas. “Cabe falar com as crianças de forma clara, sem desespero, sobre situações assim. Adultos estranhos sempre podem representar um risco, e elas só devem se aproximar deles se tiverem sido apresentadas e autorizadas por pais e/ou professores. Caso contrário, sempre procure um adulto conhecido para ajudá-las. Ver um adulto portando uma arma pode ser objeto de curiosidade por parte da criança, que precisa ser orientada claramente a ir na direção contrária dele. Isso vale para qualquer situação”, explicou a psicóloga. 

Camila Donnola é  Coordenadora da Rede de Ambulatórios de Saúde Mental de Niterói
Camila Donnola é Coordenadora da Rede de Ambulatórios de Saúde Mental de Niterói |  Foto: Péricles Cutrim
  

Já a advogada Amanda Carvalho enfatiza a importância das denúncias quando alguém se sente ameaçado, pois desse modo os órgãos competentes podem agir de forma mais adequada. 

“Todas as vezes que o cidadão se sentir ameaçado, não importando a origem, se digital ou não, pode acessar o canal exclusivo criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para recebimento de informações de ameaças e ataques contra as escolas", pontou a especialista. 

Procurada, a Polícia Militar informou que o Serviço de Inteligência da Corporação segue monitorando e buscando dados para identificar os autores das mensagens que circulam em aplicativos de troca de mensagens. Além disso, a Patrulha Escolar e outros tipos de policiamento seguem intensificando o patrulhamento em áreas de denúncia e os Centros de Operações do Serviço 190 da Corporação seguem alertados quanto às situações de emergência.

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