Segurança pública

Polícia Civil do Rio começa a usar fuzis fabricados nos EUA

Armamentos serão distribuídos e usados a partir desta sexta

O tipo de armamento entregue à Polícia Civil é usado por agentes de departamentos policiais dos Estados Unidos e Suíça
O tipo de armamento entregue à Polícia Civil é usado por agentes de departamentos policiais dos Estados Unidos e Suíça |  Foto: Lucas Alvarenga
 

O governador Cláudio Castro disse, nesta sexta-feira (7), que os agentes da Polícia Civil estão "preparados e treinados" para fazer uso dos 500 novos fuzis entregues à corporação.

A cerimônia ocorreu na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, durante a manhã. E contou com a presença do senador Flávio Bolsonaro, entre outras autoridades.

Segundo Castro, os armamentos fabricados nos Estados Unidos, serão distribuídos e usados já a partir de hoje. 

“A polícia tem que estar armada, treinada e pronta pra agir quando precisar. Acreditamos na importância do policial, do ser humano policial, que precisa ter a certeza que volta pra casa em segurança. Gente boa e ruim tem desde a igreja até à política, o que queremos é um tratamento justo”, afirmou o governador. 

Os fuzis são de alta precisão e passaram em todos os testes. É a primeira compra da Polícia Civil desde que virou secretaria.

Segundo o Governo do Estado, o processo licitatório para obtê-los começou em 2019 e os fuzis do modelo M400 Pro/calibre 556, da Sig Sauer, chegaram ao estado no início do mês passado.

Os fuzis, que foram adquiridos em um pregão internacional, têm capacidade para 5 mil e oitenta disparos, com carregadores e eles são ambidestros, com o cano de 14,5 polegadas. Todos foram obtidos a partir de uma emenda do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fuzis foram obtidos a partir de uma emenda do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro
Fuzis foram obtidos a partir de uma emenda do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro |  Foto: Lucas Alvarenga
  

Na cerimônia de entrega, Flávio Bolsonaro pediu que Cláudio Castro direcione alguns dos novos 500 fuzis para as Delegacias da Mulher do estado. 

“Tem gente que acha que devemos dar flores para os policiais e não armas. Temos que ajudar a equiparar o poder bélico e temos um treinamento superior. Se combatemos a impunidade, a tendência é que os crimes se reduzam. Que esse armamento sirva para proteger a população e os policiais, não tem um estado onde os policiais são mais agredidos ou mais atacados do que no Rio e não pela polícia, mas pela forma que os agentes são recebidos por marginais que acham que o Rio é um local onde eles podem se refugiar sem que as leis os alcancem”, afirmou o senador. 

O tipo de armamento entregue à Polícia Civil é usado por agentes de departamentos policiais dos Estados Unidos e Suíça, entre outros países.

Há 23 anos, a Polícia Civil não comprava fuzis novos. Há uma década, apenas, que houve uma compra exclusiva para a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).

Há 23 anos, a Polícia Civil do Rio não comprava fuzis novos
Há 23 anos, a Polícia Civil do Rio não comprava fuzis novos |  Foto: Lucas Alvarenga
 

Câmeras em uniformes

O governador Cláudio Castro continua sendo contra o uso das câmeras em uniformes policiais em operações de inteligência. Ele confirmou essa informação no evento de entrega de 500 fuzis na Cidade da Polícia, nesta sexta-feira (7).

“Há uma decisão judicial que deve ser cumprida e já estamos desenhando o decreto para apresentar ao ministro Edson Fachin, mas todos sabem a minha opinião. Acho que a adesão do ministro foi boa, porque ele fala que o Rio vai regular a questão das câmeras aonde tem inteligência, acho que ele entendeu o que eu quero e que há uma injustiça! Quem fez a lei da câmera fui eu, quem comprou a câmera fui eu, quem implantou fui eu e as pessoas continuam falando que eu sou contra", disse.

Castro continuou dizendo ser contra as câmeras apenas nos batalhões especiais e em ações de inteligência.

"Eu já deixei claro. Quando o Bope entrar nas comunidades em uma ação ordinária, será com câmera, mas quando for de inteligência, eu continuarei sendo radicalmente contra, porque isso é chacina de policial.  Podem fazer o que quiser comigo, mas defenderei a minha polícia com certeza”, afirmou Castro. 

Mais de 9 mil câmeras portáteis já estão sendo utilizadas nos uniformes de policiais militares. Até o final do ano, segundo previsões do Governo do Estado, todas as unidades terão as câmeras para serem implementadas nos uniformes de seus policiais. O número pode chegar a 13 mil. 

Recurso negado

Em junho, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de Cláudio Castro para que os policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais da Polícia Civil (Core) ficassem sem as câmeras em suas roupas e viaturas. 

O governador Cláudio Castro, na última segunda-feira (3), publicou um decreto que obriga também os agentes das forças especiais das polícias Civil e Militar usarem câmeras em fardas. 

As imagens captadas serão armazenadas e compartilhadas com o Ministério Público, a Defensoria Pública e vítimas de violência policial, quando solicitadas.

Supervia 

O atual secretário de transportes do Rio, Washington Reis, viajou para Caracas, na Venezuela, no jatinho de uma empresa interessada na Supervia.

Indagado sobre essa empresa não ter concorrência até então, o governador deu seu parecer e disse que Washington se explicou sobre o caso e que confia no secretário. 

“Se uma empresa que está interessada em participar do certame convida para conhecer algo que dá certo, contando que a empresa não seja beneficiada em nada, no certame, eu não vejo problema nisso. Se 'endemoniza' muito isso, mas o empresário as vezes só quer abrir a mente do gestor para que ele possa ver algo que dá certo. Washington é um político experiente que sabe os limites da lei”, frisou Castro. 

Supera RJ 

O Supera RJ, programa de distribuição de renda que foi criado pelo governo do estado na pandemia de Covid-19, está para acabar.

A finalização do programa foi votada no final do mês passado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Com pagamentos atrasados de maio e junho, o governador garantiu que tudo será pago. 

“O Supera está votado e eu vou sancionar. As pessoas serão transferidas para os projetos sociais. O Supera foi criado na pandemia, a hora que acaba a pandemia voltamos para a normalidade que é passar essas pessoas para os programas federais e é o que estamos fazendo. O Rio está em regime de recuperação fiscal, aquilo foi um descumprimento e deixamos claro que seria temporária até que a pandemia acabasse. Os pagamentos de maio e junho serão regularizados por agora”, afirmou ele.

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