A primavera começa na noite desta quinta-feira (22) e a expectativa, segundo especialistas, é que tenha três meses bastante chuvosos pela frente, além de uma frequência maior de passagens de frentes frias no Rio.
De acordo com o meteorologista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Wanderson Luiz Silva, a estação serve como forma de transição entre o clima frio e seco do inverno e o clima quente e úmido do verão. Por isso, há a possibilidade de todas essas características aparecerem até o final de dezembro, época que termina a primavera.
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Para este ano, a influência da La Niña pode ocasionar uma maior frequência de passagens de frentes frias por aqui Wanderson Luiz Silva, Meteorologista
"Dessa forma, podemos ter acumulados de chuva levemente acima da climatologia. Contudo, espera-se que as temperaturas fiquem dentro da normalidade", explica.
Wanderson complementa que não há como garantir o nível de chuva para os próximos meses porque o período é bastante irregular.
"É importante ressaltar que essa chuva pode acontecer de forma irregular em alguns momentos, ou seja, com elevados totais pluviométricos em curtos períodos e outros períodos mais secos um pouco mais prolongados. As temperaturas também variam bastante, principalmente durante a passagem de sistemas frontais", explicou.
Questionado sobre o tempo durante o inverno, o especialista alegou que a quantidade de chuva ficou dentro do esperado. Já as temperaturas ficaram levemente acima.
La Niña
A explicação do professor vai de encontro com o divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) nesta segunda-feira (19), que aponta a influência do fenômeno La Niña como fator influente nas chuvas e na diminuição das temperaturas no Rio de Janeiro.
Segundo o Inmet, a previsão para os próximos três meses é de chuvas acima da média em grande parte da região sudeste. No mês de novembro, a previsão ainda indica o predomínio de temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo da média, fator que possui influência do La Niña
"A La Niña é um fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais de partes central e leste do Pacífico Equatorial e de mudanças na circulação atmosférica tropical, impactando os regimes de temperatura e chuva em várias partes do globo, incluindo a América do Sul. No Brasil, durante eventos de La Niña, em geral são observados aumentos dos volumes de chuva nas regiões Norte e Nordeste e chuvas abaixo da média na Região Sul, além de uma ligeira diminuição nos valores de temperatura nas regiões Sudeste e Sul", informa o Instituto.
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