Reivindicação

Professores da rede estadual entram em greve sem prazo para acabar

Categoria trava embate sobre piso com governo do Estado

Sepe argumenta que proposta não contempla todos os professores da rede estadual de ensino
Sepe argumenta que proposta não contempla todos os professores da rede estadual de ensino |  Foto: Reprodução
 

Professores e funcionários administrativos (merendeiras, inspetores de alunos, entre outros) das escolas estaduais do Rio de Janeiro entraram em greve nesta quarta-feira (17). A paralisação, que ocorrerá de forma indeterminada, foi aprovada na assembleia geral da categoria realizada dia 11 de maio.

A categoria reivindica, como pauta principal, a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e o piso dos funcionários administrativos, tendo como referência o salário mínimo nacional.

Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), a proposta apresentada pelo Governo do Estado não contempla todos os professores da rede estadual de ensino. 

O Governo do Estado, por sua vez, diz que a correção será concedida a todas as carreiras de professores e paga a partir da folha salarial relativa ao mês de maio, e o pagamento também contemplará os servidores inativos do magistério.

O Sepe, por sua vez, afirma que o governo mente, "pois o plano do governo não é uma incorporação do piso a todas as carreiras e sim um reajuste dos salários que estão abaixo do piso. Segundo a Seeduc, 33% dos aposentados e 42% da ativa recebem abaixo do piso. Com isso, quem ganha acima do piso não receberá nenhum reajuste”.

Ainda segundo o Sepe, o valor teria que ser correspondido ao tempo de trabalho, o que não foi acordado. 

"Só vai receber esse valor quem está chegando agora. Cerca 70% dos professores que estão em atividade não terão esse reajuste e 60% dos aposentados também não serão contemplados. Ou seja, ele (governador) está destruindo o plano de carreira", disse a coordenadora do Sepe, Samantha Guedes.

O Governo do Estado afirmou também que está trabalhando para que chegar a um denominador comum e que irá cumprir a lei, “mas que existe a necessidade da complementação e apoio do governo federal e, inclusive, um projeto de lei no Congresso Nacional que criaria o piso nacional dos funcionários administrativos”.

Nesta quinta-feira (18), a categoria realiza assembleia, às 14h, no Largo do Machado (Zona Sul da capital), em seguida, marcha ao Palácio Guanabara, onde reivindicará ser recebida pelo governo.

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