Indignados

Protesto pede fim da violência contra camelôs no Rio

Representantes pedem mais visibilidade e legalização ao prefeito

Manifestantes fizeram uma encenação com corpos espalhados no local, representando os camelôs agredidos
Manifestantes fizeram uma encenação com corpos espalhados no local, representando os camelôs agredidos |  Foto: Divulgação/Movimento Unidos dos Camelôs
  

O Movimento Unidos dos Camelôs (Muca) e o Movimento Nacional Trabalhadores Sem Direitos realizaram, na manhã desta terça-feira (13), um protesto em frente à Prefeitura do Rio, no Centro Administrativo São Sebastião. Mulheres representantes dos dois movimentos ficaram acorrentadas às grades do local desde às 5h30. 

A manifestação teve ainda uma encenação com corpos espalhados no local, representando os camelôs agredidos pelo Executivo. O objetivo do protesto é conseguir uma reunião com o prefeito Eduardo Paes (PSD). No dia 27 de abril, a secretária do prefeito agendou uma reunião com representantes dos movimentos para o dia 26 de maio. O encontro, segundo eles, não aconteceu. 

Ato aconteceu em frente à sede do Executivo municipal
  

Os trabalhadores alegam que a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) age de forma truculenta com apreensões irregulares de mercadorias, agressão aos trabalhadores, idosos e gestantes. 

O movimento alega ainda que recorre a depósitos clandestinos em razão da falta de espaços públicos destinados aos produtos dos trabalhadores. Além disso, representantes alegam que a mudança recentemente ocorrida na escala de trabalho dos guardas municipais tem o objetivo de perseguir os trabalhadores. 

“Eu quero falar com o prefeito. Não quero mais uma reunião com Brenno [Carnevale, secretário de Ordem Pública] que também faz muitas promessas e não cumpre nenhuma. Eduardo Paes odeia os camelôs. Nós já conhecemos sua política higienista desde a primeira gestão dele. Temos áudios e vídeos publicados nas redes sociais com as promessas de campanha eleitoral, em 2020. Quando ainda era candidato, prometia diálogo, fim da violência contra camelôs e ambulantes, e concessão de licenças para trabalharmos de maneira legalizada. Estamos cansados e não vamos parar de protestar até que ele nos receba”, enfatiza Maria dos Camelôs, coordenadora do Muca. 

Procurada, a Prefeitura do Rio não enviou resposta sobre o protesto e os questionamentos feitos por representantes do movimento. 

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