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Ruas de Niterói lotadas para compras de última hora

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|  Foto: Foto: Karina Cruz
Faltou espaço nas calçadas para tanta gente em busca de presentes. Foto: Karina Cruz

As ruas de Niterói amanheceram movimentadas nesta sexta-feira (24) véspera de Natal. A agitação comprovou mais uma vez o hábito brasileiro de deixar tudo para última hora. Comércios ficaram lotados de clientes em busca de presentes, como foi o caso de João Carlos, morador de Piratininga, na Região Oceânica. 

"Por conta do meu horário de trabalho não pude comprar antes, a folguinha de hoje me permitiu vir aqui para comprar os presentes"

Apesar do sorriso no rosto, João Carlos se surpreendeu com os preços altos e garantiu que esse ano está difícil encontrar valor mais em conta. 

"Já rodei algumas lojas e com os preços que estou me deparando não vai dar para comprar para todo mundo. Vou dividir entre presentes e lembranças. O que vale é a intenção e o amor com a família”

Quem também estava em busca de presentes era Diego Braga. Morador do Pita, em São Gonçalo, ele preferiu comprar em Niterói. 

“Consegui comprar um celular para as duas pessoas que eu amo. Há muito tempo a minha mãe está com o mesmo celular esse ano vou fazer uma surpresa para ela”

Entre a correria e o empurra-empurra, Márcia Almeia, moradora de Charitas, negociou com os vendedores para garantir preço baixo, e parece que estratégia deu certo. 

“Esse é o segredinho das compras de Natal. Eu ia levar uma camisa por R$ 30, mas conseguir um desconto e comprei por R$ 20”

Planejar para gastar menos

Economista da Universidade de São Paulo (USP),  Roberto Troster explica que para compras de última hora, o recomendado é preparar uma lista de todos os presenteados, estipulando o quanto se pode gastar e fazer uma pesquisa de lojas antes para não ficar de um lado para o outro: “Isso ajuda a evitar que o consumidor gaste além do valor previsto”

Segundo levantamento realizado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Niterói, a perspectiva de venda é de um aumento em até 10%, se comparado ao ano de 2020. 

Em pesquisa realizada pela CDL e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, ficou constatado que com o avanço da vacinação e o pleno funcionamento das atividades comerciais em todo o país, a expectativa é que 77% dos consumidores presenteiem este ano, retornando ao patamar de consumo pré-pandemia.

Ainda de acordo com o levantamento, estima-se que 123,7 milhões de pessoas devem presentear neste Natal, com potencial para injetar aproximadamente R$ 68,4 bilhões na economia. 

Preferências

Pesquisa feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio de Janeiro ( Fecomércio-RJ), mostra que entre as opções preferidas estão: lembrancinhas (46,1%), roupas (46,1%), brinquedos (31%), calçados, bolsas e acessórios (26,8%), perfumes e cosméticos (22,5%), eletrônicos (16,9%), livros ou ebooks (12,7%), eletrodomésticos (11,6%) e joias e bijuterias (8,1%).

Ao serem perguntados onde farão suas compras, a maior parte dos pesquisados respondeu que se dividiram entre lojas físicas e online (48,9%), só física (28,9%) e somente online (22,2%). O percentual de pessoas que farão compras em lojas físicas não retornou aos patamares de 2019, antes da pandemia, que foi de 43,6%.

Alerta

O Procon-RJ alerta que o cuidado deve ser redobrado para o consumidor não ser vítima de fraude e verificar a segurança do site, em caso de compras pela internet, além de desconfiar de ofertas muito vantajosas.

A autarquia reforça ainda que, antes de fechar o negócio, o consumidor consulte a lista de sites não recomendados do órgão, caso opte por comprar em um site desconhecido.

As dicas para fugir de ciladas você confere clicando aqui.

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