Covid-19

São Gonçalo volta a recomendar máscaras em locais fechados

A medida é apenas uma orientação

A medida é sugerida pelo município principalmente aos grupos de pessoas com sintomas gripais e aqueles do grupo de risco
A medida é sugerida pelo município principalmente aos grupos de pessoas com sintomas gripais e aqueles do grupo de risco |  Foto: Arquivo/Karina Cruz
 

A cidade de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, voltou a recomendar o uso de máscaras faciais em locais fechados e com aglomeração, para evitar o contágio da Covid-19. A portaria foi publicada em Diário Oficial nesta quinta-feira (10).

A medida é sugerida pelo município principalmente ao grupo de pessoas com sintomas gripais, casos suspeitos ou confirmados da doença, ou aquelas que tenham tido contato próximo com quem positivou.

Aquelas pessoas inclusas no grupo de risco, em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades, também devem se atentar aos cuidados básicos.

Conforme a orientação da Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo (Semsa), o uso é recomendado em locais fechados, mal ventilados, com aglomeração e em serviços de saúde, como, por exemplo, hospitais, clínicas e etc.

Testes 

A pasta afirma que atualmente há uma pessoa hospitalizada e 242 em quarentena domiciliar. A cidade está fazendo uma média de 600 testes por dia e a taxa de positividade é de 22,8%.

Segundo a Semsa, desde o início da pandemia 171.852 pessoas foram diagnosticadas com coronavírus na cidade. Houve 4.134 óbitos. 

O Centro de Triagem ao Coronavírus, no Zé Garoto, volta a atender aos sábados, já a partir deste fim de semana. A mudança se dá devido ao aumento de casos de Covid-19 no Estado do Rio e aumento da procura pelos testes na cidade.

Assim, a unidade passa a atender de segunda a sábado, das 8h às 18h, para a realização de testes para detectar a doença e atendimento médico para os gonçalenses que testam positivo. 

A unidade continua fechada aos domingos, mas vai funcionar normalmente nas próximas segunda-feira (14) e terça-feira (15), feriados pelo Dia Nacional do Funcionário Público e Proclamação da República, respectivamente.

Aos domingos, a orientação é que, caso haja necessidade do paciente ser avaliado para realização do exame específico para Covid-19, o mesmo procure qualquer unidade de urgência e emergência para uma avaliação clínica.   

Além do Centro de Triagem, outros nove locais realizam o teste para detectar o coronavírus durante a semana, com exceção dos feriados. Para a realização do exame, o gonçalense deve chegar meia hora antes do fim do horário previsto da testagem.     

Cuidados

A Semsa orienta que o gonçalense deve manter os hábitos de lavar as mãos ou higienizar com álcool em gel, além de manter o esquema vacinal em dia.   

Toda a população com mais de três anos pode ser vacinada contra o coronavírus. A quarta dose da vacina está disponível para todos os gonçalenses com mais de 18 anos que tenham mais de quatro meses de intervalo da terceira dose.   

A quinta dose está disponível para os imunossuprimidos com mais de 18 anos, incluindo gestantes e puérperas. E a quarta dose para os adolescentes entre 12 e 17 anos imunossuprimidos – também incluindo gestantes e puérperas. As doses de reforço podem ser aplicadas após intervalo de quatro meses da dose anterior.

Rio

A cidade do Rio de Janeiro registrou nesta semana cerca de 2 mil casos de Covid-19 por dia, e as internações decorrentes da doença mais que triplicaram em quatro dias. As informações foram dadas pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, nesta sexta-feira (11). 

Segundo ele, a cidade dispõe de 286 unidades de saúde responsáveis pelos testes diagnósticos, que chegaram a 10 mil em um único dia. A taxa de positividade, que estava em 6% na segunda semana de outubro, pulou para 29% nesta semana.

“Tivemos um aumento muito expressivo no número de casos nas duas últimas semanas. Nos dois últimos dias, identificamos quase 2 mil casos diariamente, com a realização de mais de 10 mil testes num único dia, e o índice de positividade vem subindo. Então, nesse momento, ainda não temos nenhum aumento de casos parecido com o que registramos no passado, mas é significativo e coloca todo o sistema em alerta”.

De acordo com Soranz, a Secretaria Municipal de Saúde avalia, no momento, se há necessidade de mobilizar locais especiais para testagem, como ocorreu em janeiro com o pico da variante Ômicron do Sars-CoV-2. Na época, a cidade chegou a fazer mais de 330 mil testes em uma única semana e teve média móvel acima de 20 mil casos confirmados por dia.

“Estamos avaliando, caso seja necessário vamos conseguir mobilizar mais pontos de testagem, a gente teve alguns locais pontuais, com aumento de fluxo de pessoas, mas na maioria desses locais eram muito poucas com sintomas respiratórios".

Segundo ele, a maioria era de pessoas que queriam fazer o teste porque tiveram contato com outras contaminadas.

A recomendação da secretaria é que só procure o teste quem estiver com sintomas respiratórios. Ela diz que não estuda voltar com a obrigatoriedade do uso de máscaras.

“A nossa recomendação é que pessoas com sintomas respiratórios utilizem máscara. E, se possível, pessoas que tenham algum tipo de comorbidade ou ainda não se vacinaram que também utilizem máscara”, afirmou o secretário.

Internações

Soranz ressalta que houve aumento expressivo das internações por Covid-19 nos últimos quatro dias, passando de 28 para 88 pessoas, o que reafirma o alerta feito nesta quinta-feira (10) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“O município do Rio de Janeiro notificou todo o sistema de vigilância, temos um aumento de internações e continuamos acompanhando para verificar se esse aumento vai permanecer. Nossa principal preocupação é que a gente sabe que as pessoas que se internam, que adoecem gravemente, são aquelas que não tomaram a dose de reforço”.

Segundo os painéis da secretaria, de acompanhamento do novo coronavírus, em janeiro a cidade chegou a ter mais de 350 pessoas internadas em unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 540 em enfermaria, em decorrência da doença.

Vacinação

A secretaria informou que não dispõe mais de doses de CoronaVac em estoque, a única autorizada para aplicação em crianças de 3 e 4 anos. Com isso, a vacinação dessa faixa etária está suspensa até que chegue nova remessa.

“Já acabou. Tivemos que interromper, infelizmente, a vacinação das crianças de 3 e 4 anos por falta de doses da CoronaVac. Ainda é mantida a vacinação das crianças de 5 a 11 anos com a vacina da Pfizer pediátrica, que está disponível”, explicou Soranz.

A Secretaria estadual de Saúde informou que aguarda o envio de doses da CoronaVac pelo Ministério da Saúde para disponibilizar aos municípios.

O ministério informou que adquiriu mais 1 milhão de doses para a vacinação das crianças de 3 a 4 anos de idade, que serão enviadas aos estados assim que forem liberadas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

Soranz alertou também que a cobertura vacinal para as crianças de 5 a 11 anos está muito baixa, com 62% do público-alvo com as duas doses do esquema básico.

 “Com essa nova onda da variante, a BQ.1, pedimos às pessoas que não levaram seus filhos de 5 a 11 anos para vacinar, que procurem uma unidade de saúde. Insistimos ainda que as pessoas que não tomaram a dose de reforço procurem uma unidade para tomar”.

A primeira dose de reforço foi aplicada em 75,5% da população adulta e apenas 35,4% procuraram os postos para receber o segundo reforço.

Com Agência Brasil

< Ex de Whindersson revela que bebeu em copo que usou para fazer xixi Empresária gera revolta ao comemorar morte de Gal Costa <