Alarmante

Hospital de SG atende 300 acidentados em motos por mês

São necessárias centenas de bolsas de sangue para atendimentos

Quadro se agrava ainda mais durante as festas de fim de ano e nos feriados prolongados
Quadro se agrava ainda mais durante as festas de fim de ano e nos feriados prolongados |  Foto: Divulgação

O Centro de Trauma do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, registrou 3.688 pacientes vítimas de acidente de moto no ano passado. Uma média mensal de 307 casos.

Segundo a unidade, os dados revelam um aumento de 28% em relação ao ano anterior, quando foram atendidos 2.895 casos.

O hospital, especializado no atendimento de média e alta complexidade a pacientes com múltiplos traumas e que conta com tecnologia de ponta, é referência no Estado do Rio de Janeiro quando o assunto é salvar vidas, também identificou o crescimento no número de adolescentes envolvidos nestes acidentes.

Pelo menos 40% desses pacientes, vindos de diferentes municípios do Estado, chegaram até a unidade através do Corpo Bombeiros, Samu, Polícia Militar e concessionárias que administram as principais rodovias do Rio, são menores. Eles estavam na direção da moto, segundo os socorristas.

Somente no ano passado foram necessárias centenas de bolsas de sangue para suprir a necessidade de transfusão no atendimento a pacientes vítimas desse tipo de acidente. Esse quadro se agrava ainda mais durante as festas de fim de ano e nos feriados prolongados. Entre o Natal e o Réveillon foram 138 acidentes envolvendo moto.

“Esses acidentes representam 70% dos nossos atendimentos. São acidentes muito graves, demandam muitos recursos, muitas cirurgias, o envolvimento de praticamente todos os especialistas, bolsas de sangue entre outros. Muitas mortes poderiam ser evitadas com campanhas de conscientização e fiscalização sobre motos. São pacientes que danificam muitas partes do corpo e pela complexidade das lesões quando sobrevivem ficam internados por 90 a 120 dias. São pacientes jovens, em sua fase de vida mais produtiva, isso causa um transtorno social muito importante além de sobrecarregar nossas emergências e hospitais da rede”, relata o médico Marcelo Pessoa, coordenador do Centro de Trauma do Heat.

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