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'Límpida, transparente e sem odor', diz diretor da Cedae sobre água

Sistema Imunana-Laranjal voltou a operar em capacidade máxima

Estação de Tratamento de Água da Cedae, no Laranjal, em São Gonçalo
Estação de Tratamento de Água da Cedae, no Laranjal, em São Gonçalo |  Foto: Lucas Alvarenga

Após a crise hídrica que envolveu a Região Metropolitana do Rio e a Ilha de Paquetá, na capital fluminense desde a última quarta-feira (3), a operação no sistema Imunana-Laranjal voltou a operar em capacidade máxima a partir das 10h deste sábado (6). Conforme o diretor-presidente da Cedae, Agnaldo Ballon, a água já está adequada para o consumo.

‘’A gente só começou a liberar a água para consumo e distribuição das concessionárias quando tivemos certeza de que ela estava dentro dos padrões, em todos os requisitos, não só pelo tolueno, como qualquer outro componente químico. Então, a água está em condições de cheiro, de gosto e transparência.’’, garantiu.

Durante o reabastecimento, algumas casas receberam água com coloração marrom. Quanto a tonalidade, o diretor afirmou que é resultante da própria rede de distribuição:

O que eventualmente pode acontecer, é que na distribuição, como a gente tem uma grande rede de distribuição nas cidades em que a água vai chegar, pode ser que o fato de ter ficado suprimida, ou mesmo nos reservatórios, pode ser que ela possa sair com alguma coloração, mas é decorrente da própria rede em que a água está circulando. A água saindo daqui da ETA (Estação de Tratamento de Água), entregue para todos os distribuidores e concessionárias, está em perfeito padrão de conforto. Agnaldo Ballon, diretor-presidente da Cedae
  • Agnaldo Ballon, diretor-presidente da Cedae
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  • Estação de tratamento de água fornece água para 2 milhões de consumidores
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  • Exames laboratoriais continuam em curso para análise da potabilidade da água
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Apesar da operação ter sido reestabelecida, após o isolamento e sucção do produto químico nos canais próximo às margens do Rio Guapiaçu, em Guapimirim, as investigações seguem em curso.

‘’O trabalho de gestão do manancial é feito em conjunto pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, pelo INEA (Instituto Estadual do Ambiente e estamos recebendo também ajuda da Petrobrás, que é uma usuária e uma contribuinte desse sistema.''

''Todas as ações para mitigar o problema continuam em curso, os técnicos estão nos locais e continuam fazendo captação e amostras da água para poder identificar quais são os locais de possível contaminação, qual é essa contaminação, se ela é constante ou se foi só um despejo.’’, esclareceu.

Conforme o presidente, as concessionárias têm um prazo de até 72 horas para a retomada do serviço de reabastecimento. A concessionária Águas do Rio, que abastece os municípios São Gonçalo, Marica, Itaboraí e a Ilha de Paquetá, na capital fluminense, informou neste sábado, que as regiões mais próximas do sistema de tratamento serão as primeiras a serem reabastecidas.

Já a concessionária Águas de Niterói, forneceu uma previsão de 48h até a normalização do serviço de abastecimento:

‘’O fornecimento de água está sendo retomado de forma gradativa, mas pode levar até 48h para ser completamente normalizado em alguns locais.’’

O problema

A Cedae interrompeu o fornecimento de água no Sistema Imunana-Laranjal, na madrugada de quarta-feira (3), em razão de alteração da qualidade da água bruta (ainda não tratada) no manancial de captação, após a detecção do produto químico poluente conhecido como tolueno.

O Sistema Imunana-Laranjal é responsável pelo abastecimento de cerca de 2 milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e da Ilha de Paquetá.

O governo continua investigando a origem da contaminação. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) abriu inquérito para apurar os responsáveis pela presença do poluente na água.

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