Mistério

Substância que contaminou Guandu consta em detergente; diz Cedae

Rio apareceu com espumas nesta manhã e teve fluxo interrompido

Contaminação também será investigada como crime ambiental
Contaminação também será investigada como crime ambiental |  Foto: Marcelo Eugênio
  

A espuma que apareceu no Rio Guandu na manhã desta segunda (28) contém substâncias de detergente para para louças. A informação foi dada durante uma coletiva realizada pela Cedae e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para esclarecer a paralisação emergencial do manancial de captação. O lançamento do sulfactante também está sendo investigado como crime ambiental. 

"A gente acionou o programa alga, para monitoramento. Essa descarga que houve no sistema não é natural, então a gente tem que investigar. A gente está com uma equipe para saber se o lançamento continua ou se foi pontual. Isso não deixa de ser um crime ambiental, ele pode ter sido por uma operação difusa, ou seja, algum cidadão por algum fator decidiu descarregar esse produto na água. Inicialmente a gente se reúne para detectar possível locais da área que podem ter sido lançada", disse Philipe Campello, presidente do Inea.

Philipe Campello, presidente do Inea
Philipe Campello, presidente do Inea |  Foto: Marcelo Eugênio
  

A Cedae precisou interromper, ainda no início desta manhã, a operação da Estação de Tratamento de Água do Guandu, após a presença da espuma de origem desconhecida. A medida foi tomada para garantir a segurança hídrica da população atendida pelo Sistema Guandu. 

Segundo a Cedae, cerca de 0,6 miligramas por litro do sulfactante foram detectados na água, o que gerou o alarde. A estimativa é de que 11 milhões de pessoas sejam impactadas diretamente com a ação.

"A gente entende que não continuar produzindo água não é o desejado pela população, mas pela segurança, foi necessário, essa situação não é corriqueira. A gente pede a compreensão da população para que economize água, e façam uma reservação minima", destacou o presidente da Cedae, Aguinaldo Balon.

O protocolo de contingência foi acionado em razão das alterações da qualidade da água bruta (não tratada). As condições do manancial estão sendo monitoradas pelos técnicos da companhia. 

A expectativa é de que o problema seja solucionado em até 72h. A Cedae destacou que, assim que o produto foi detectado, as atividades foram suspensas, impedindo que esse sulfactante chegasse até as casas. As comportas foram abertas para acelerar o processo de limpeza do Rio.

Ao todo, são 72 pontos no Rio Guandu, em que pessoas lançam dejetos, segundo o Inea. 

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