Inquérito em aberto

Acusado de ter matado ex-mulher no Rio é encontrado morto em cela

A causa da morte está sendo investigada pela DHC

O feminicídio aconteceu na última quinta-feira, e o suspeito foi preso no dia seguinte
O feminicídio aconteceu na última quinta-feira, e o suspeito foi preso no dia seguinte |  Foto: Reprodução

Rogério Cabral Massaroni, mais conhecido como Bodão, acusado de ter assassinado a ex-mulher Marcele Pereira da Silva no Alto da Boa Vista, na Zona Norte do Rio, foi encontrado morto dentro de sua cela no último sábado (20), na Delegacia de Homicídio da Capital (DHC), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O caso agora é investigado junto ao inquérito de feminicídio, que segue em aberto, pela especializada.

Segundo a Polícia Civil, os agentes realizaram a perícia na cela onde ele foi encontrado morto, e a suspeita principal é que ele teria cometido suicídio, se enforcando. Ainda de acordo com a corporação, um procedimento será instaurado para investigar o caso. A Corregedoria da Polícia Civil acompanha a investigação.

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Rogério foi preso na tarde da última sexta-feira (19), na Mata Machado. Durante sua prisão, ele chegou a ser atingido por uma familiar de Marcele da Silva com uma bolsa na cabeça ao chegar na DHC. Ele foi apontado como o responsável pelo assassinato da empregada doméstica, que ocorreu na noite da última quinta (18), na Comunidade Agrícola.

De acordo com os familiares de Marcele, ela levou pelo menos sete facadas de Bodão, com quem tinha duas filhas. Segundo eles, o suspeito se aproximou da vítima, a cercando em seguida, a esfaqueando, e fugiu levando o celular dela. Marcele chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, mas não resistiu.

Após o feminicídio, Rogério chegou a enviar mensagens ameaçadoras para parentes da vítima. De acordo com a família, o acusado manifestou a intenção de matar todos que compartilhavam a residência com Marcele, mas desistiu ao perceber a presença da filha, fruto do casamento com a vítima. Parentes também relataram que o relacionamento do casal ao longo dos 16 anos era caracterizado por abusos.

"[Após a morte] Comecei a receber as ameaças dele por volta de 10h, ficou até umas 11h30, ele me mandando mensagens para o meu celular", relata Patrícia Lima, prima de Marcele.

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