Culpado

Agente do Degase é condenado a 43 anos por estuprar adolescentes

Caso ocorreu em uma unidade na Ilha do Governador

O Tribunal de Justiça do Rio (T-RJ) informou que a juíza Camila Guerin, em exercício no VI Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Leopoldina, condenou o agente do Departamento de Ações Socioeducativas (Degase), Alisson Pires Barreto, a 43 anos e três meses de prisão pelo crime de estupro de vulnerável contra duas adolescentes internadas no Centro de Socioeducação Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, na Ilha do Governador, em 2021.

Leia+: Degase sob nova direção após afastamentos por acusações de estupros

Leia+: Justiça afasta servidores do Degase acusados de maus tratos e tortura contra internos

Na sentença, a magistrada frisa a robustez das provas e que os depoimentos das vítimas e testemunhas confirmam a autoria e a existência dos crimes. De acordo com a magistrada, as adolescentes estavam numa situação vulnerável, com a liberdade restrita e sujeitas à hierarquia de poder do réu, que tinha a capacidade de facilitar ou dificultar as vidas das jovens. 

“Elas já chegam extremamente vulnerabilizadas. A privação de liberdade é uma condição de vulnerabilidade psíquica. Elas não estavam em condições de consentir”, afirma a juíza Camila Guerin na sentença.

O cálculo para definir a pena foi aumentada porque Alisson se valia da posição hierárquica sobre as meninas, já que era agente do Degase e porque o réu cometeu o mesmo crime pelo menos três vezes contra uma das adolescentes, nas mesmas condições de tempo, lugar e formas de execução. Em uma das oportunidades, de acordo com os autos, Alisson saiu do alojamento de uma das vítimas e foi, na mesma noite, para o alojamento de outra.

< Jovem nada com polvo grudado nas costas em Santa Catarina Justiça penhora mansão de Latino para pagar dívida de condomínio <