Uma aluna do ensino médio do Colégio Estadual Guilherme Briggs, em Santa Rosa, Zona Sul de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, registrou ocorrência, na última sexta-feira (27), contra uma colega de sala por agressão dentro da própria sala de aula. O momento da agressão foi gravado por outros estudantes que presenciaram a cena.
Nas imagens, é possível observar a agressora se aproximando da colega, que permaneceu sentada na cadeira durante todo o ocorrido. Após uma breve discussão, a agressora começou a desferir tapas no rosto da aluna, que não reagiu.
Surpreendentemente, o professor presente no momento da briga não esboçou nenhuma tentativa de separar as duas estudantes. A mãe da aluna agredida relatou que a instituição de ensino não tomou nenhuma medida, mesmo após o fim da confusão.
"Achei inadmissível que minha filha tenha sido agredida, e a escola não tenha tomado nenhuma providência no dia. Estão dando razão à agressora e fazendo comentários prejudiciais sobre minha filha. Ela está profundamente abalada e não quer mais voltar à escola", desabafou a mulher.
O caso foi registrado na 76ª DP (Niterói), e a mãe também se dirigiu à Regional da Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) no município para relatar o incidente.
O que diz a secretaria
A Secretaria Estadual de Educação disse, através de nota, que considera que o caso na unidade foi isolado e desmentiu que o professor não tenha intervindo na briga.
"A Secretaria de Estado de Educação informa que, na última sexta-feira (27), houve um desentendimento entre duas alunas do CE Guilherme Briggs, em Niterói. O professor citado na demanda separou a briga entre as estudantes, porém este trecho não aparece nas imagens. O docente é muito querido e respeitado na unidade, inclusive pelas duas jovens.
As estudantes foram suspensas da aula naquele dia e seus responsáveis foram chamados à escola para orientação. O ato foi incluído no Registro de Violência Escolar (RVE), ferramenta interna que serve para mapear esses casos na rede estadual e nortear futuras ações da secretaria para promoção da cultura de paz nas escolas.
Por fim, a secretaria reforça que o caso é um fato isolado na unidade, que apresenta grandes reconhecimentos por suas ações no campo pedagógico, com vasta participação de alunos em atividades promovidas por universidades, onde, inclusive, já receberam diversas premiações".