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Caso da defensora acusada de injúria racial em Niterói está parado

Houve audiência de queixa-crime contra entregadores nesta terça

O advogado Joab Gama e o entregador Eduardo Peçanha Marques compareceram à audiência nesta terça-feira (18)
O advogado Joab Gama e o entregador Eduardo Peçanha Marques compareceram à audiência nesta terça-feira (18) |  Foto: Marcelo Eugênio

A audiência de conciliação, realizada no Fórum de Niterói, na tarde desta terça-feira (18), pelo advogado e representante da defensora pública aposentada Cláudia Alvarim Barrozo e os entregadores Eduardo Peçanha Marques e Jonathan Souza Mendonça, que acusaram a mulher de injúria racial em um condomínio em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, em abril de 2022, terminou mais uma vez sem acordo.  A audiência, em questão, desta terça foi sobre a queixa-crime movida pela própria ré, cujo processo inicial de injúria racial está parado, segundo a defesa dos entregadores. 

Em setembro do ano passado, Cláudia Barrozo abriu uma queixa-crime contra Eduardo por ofensas e palavras de cunho sexual. Em seu relato, a defensora pública aposentada diz que queria sair com o carro da garagem de sua casa para levar sua filha a um ensaio musical, quando percebeu que a van de Eduardo e Jonathan Souza Mendonça, que estavam fazendo entregas na região, estava estacionada na frente da garagem dela.

Ela afirma que ele a ofendeu proferindo palavras, como "mulherzinha nervosa", "eu sei como tratar mulherzinha nervosa", "vaca do inferno", entre outros xingamentos. Além disso, ela afirma também que o entregador ainda teria dito as palavras segurando o seu órgão genital.

Por outro lado, Eduardo denunciou anteriormente, Cláudia por injúria racial depois que gravou um vídeo durante a confusão, no qual Cláudia o chama de ''macaco''. 

Leia +: Audiência de defensora e entregador termina sem acordo em Niterói

Em março deste ano, a primeira audiência da queixa-crime foi realizada, mas também sem acordo. Na época, a defesa de Cláudia propôs um acordo do tipo composição civil entre as vítimas, ou seja, foi proposto que Eduardo pagasse uma cesta básica de R$ 600 ou prestasse serviço à comunidade por dois meses.

Na audiência realizada nesta terça (18), Eduardo chegou acompanhado de seu advogado, Joab Gama. Já Jonathan não conseguiu comparecer. A defensora pública aposentada também não esteve presente na audiência. Através do seu advogado Marcello Ramalho, ela apresentou um atestado afirmando estar impossibilitada de dar declarações por stress pós-traumático e depressão grave. 

Na chegada ao Fórum, Eduardo disse ao ENFOCO que espera que a situação seja resolvida o mais rápido possível. 

Tenho certeza que a verdade aparecerá em breve" , disse Eduardo
Eduardo conversou brevemente sobre o ocorrido
Eduardo conversou brevemente sobre o ocorrido |  Foto: Marcelo Eugênio

"Confesso que essa acusação me pegou de surpresa. Não esperava isso. Nada justifica o que ela fez. Só espero que tudo seja resolvido logo, pois isso já está se arrastando por mais de um ano e meio", contou o entregador.

De acordo com Joab Gama, a acusação contra o seu cliente não faz sentido e que o entregador vai continuar negando as propostas. 

"Ele não cometeu crime nenhum. Isso é uma manobra que a senhora Cláudia está tentando fazer para tirar o foco do que realmente aconteceu", disse o advogado na chegada ao Fórum. 

Não houve crime por parte do Eduardo. Só da Cláudia contra ele, e nos vídeos isso fica claro. Estou com todas as provas que concluem que Eduardo não cometeu crime em momento nenhum", destacou o advogado ,

Procurado, a defesa de Cláudia não se pronunciou até o momento da postagem desta reportagem. O Tribunal de Justiça do Rio informou que o processo segue em tramitação normal. 

Relembre o caso

No dia 30 de abril de 2022, a Polícia Civil abriu uma investigação de um caso de injúria racial, no qual Eduardo e Jonathan foram alvos de racismo da defensora pública aposentada, que os teria agredido verbalmente em um condomínio de luxo em Itaipu, na Região Metropolitana do Rio. 

Em um vídeo gravado por um dos trabalhadores, é possível ouvir a mulher os chamando de "macacos". Em seguida, Cláudia entra no carro e vai embora. O caso foi registrado na 81ª DP (Itaipu), onde Cláudia apareceu para depor por três vezes para responder pela acusação de injúria por preconceito.

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