Sem socorro

Criança sofre acidente em aeroporto e mãe se desespera

Menor ficou com queimaduras e teve o braço quebrado

Criança de 7 anos teve um dos braços quebrados no acidente
Criança de 7 anos teve um dos braços quebrados no acidente |  Foto: Arquivo Pessoal

A médica Iana Simão, de 42 anos, denuncia a Latam Airlines Brasil e o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, Santa Catarina, por negligenciar socorro ao seu filho, Pedro Simão, de 7 anos. O caso aconteceu no último domingo (10). 

Segundo a médica, ela e o filho estavam no aeroporto despachando as malas para voltar ao Rio, onde eles residem, quando o menino, que tem o Transtorno do Espectro Autista, saiu correndo e acabou pulando em cima da esteira das malas.

Iana relata que, mesmo gritando e pedindo para que eles parassem as esteiras, eles não desligaram e foi, nessa hora, que o menino ficou preso entre duas esteiras, na parte onde as malas passam para serem despachadas. 

“Eu corri para salvar meu filho. Entrei na parte que não é permitida para tirar ele de lá de dentro. Ele ficou preso lá, as esteiras rolavam o corpo do meu filho e eu gritava desesperadamente. Não tinha médico no aeroporto. Os funcionários da Latam demoraram muito para desligar as esteiras”, afirmou a médica. 

Iana conta que quando conseguiu resgatar o filho, ele já estava com a pele queimada devido às esteiras e também com o braço direito quebrado.  

“É uma cena que eu nunca mais vou esquecer, os gritos do meu filho. A companhia aérea Latam não prestou nenhum tipo de socorro, sequer perguntaram se eu queria alguma ajuda. Se eu não sou médica, quem iria ajudar meu filho? Ou se eu tivesse ido ao banheiro, como seria?”, desabafou a mãe.

A médica ainda relatou que andou com o filho todo queimado por uma longa extensão do aeroporto. Além disso, os socorristas do aeroporto só tinham soro dentro da bolsa, nenhum outro tipo de primeiros socorros. 

“A falta de estrutura do aeroporto de Florianópolis, quase deixou meu filho sem vida”

Iana só conseguiu deixar a cidade depois de conseguir ajuda da Polícia Federal, quando o delegado da corporação a acompanhou até a porta do embarque, para voltar ao Rio de Janeiro. Quando chegou ao Rio, o menino foi levado ao Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, onde teve seu braço imobilizado. O caso foi registrado na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). 

A Latam disse que se sensibiliza e lamenta o ocorrido. No momento da ocorrência, a companhia alega que prestou assistência para retirar a criança da esteira e solicitou o suporte do ambulatório médico do aeroporto.

"A empresa esclarece que adota todas as medidas técnicas e operacionais necessárias para garantir uma operação segura para todos", diz a nota.

Questionada sobre as investigações do caso, a Polícia Civil não respondeu até o fechamento desta reportagem. 

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