Triste

Família de ritmista de Niterói só reconheceu corpo pelas digitais

Sepultamento aconteceu no Cemitério do Maruí nesta terça

A mãe de Gabriel Cordeiro, Cristiane Gonçalves da Silva estava muito abalada
A mãe de Gabriel Cordeiro, Cristiane Gonçalves da Silva estava muito abalada |  Foto: Marcelo Eugênio
 

Os familiares do ritmista Gabriel Cordeiro, de 20 anos, morto com dois tiros na cabeça, só conseguiram reconhecer o corpo do jovem pelas digitais no IML de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, pois seus pertences e documentos foram roubados. A informação foi revelada pelos parentes no sepultamento do corpo de Gabriel, na tarde desta terça-feira (18) no Cemitério do Maruí, em Niterói.

O rapaz estava desaparecido desde a última sexta-feira (14), e a família só conseguiu localizar o corpo na segunda-feira (17) já no IML.

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Denise Paranhos, considerada mãe do coração e com quem Gabriel morava atualmente, contou ao ENFOCO que a última vez que teve contato com o “filho” foi na sexta. 

"Ele chegou do trabalho, se arrumou e saiu dizendo que iria tocar na Tijuca, mas não me falou se era um ensaio técnico ou o que ele ia fazer. Eu só sei que ele era um menino do samba. Ele não me deu detalhes. Entrou correndo e saiu dizendo: 'mãe, daqui a pouco estou aí'", contou a mulher. 

De acordo com a avó materna Denise Gonçalves, de 59 anos, a princípio ela não se preocupou com o sumiço porque ele tinha costume de ficar alguns dias fora de casa com amigos. 

Gabriel tinha o costume de sair de casa e sumir por alguns dias
  

"Na sexta, ele sumiu, mas como era peregrino, estava sempre andando e zoando por aí, não me preocupei de cara. Mas como chegou sábado, e ninguém sabia notícias dele, nem os amigos sambistas, nem o pessoal da religião (Umbanda), comecei a ficar preocupada. Ele era um ótimo menino”, contou a avó. 

  • Denise Gonçalves é avó materna de Gabriel
    Denise Gonçalves é avó materna de Gabriel
  • Denise se considera mãe de Gabriel, pois sempre cuidou dele como mãe
    Denise se considera mãe de Gabriel, pois sempre cuidou dele como mãe
 

A família procurou Gabriel, inicialmente, em hospitais de São Gonçalo mas foi no IML de Tribobó que recebeu a triste notícia de que o jovem estava morto. 

Esperamos o domingo de manhã e fomos nos hospitais de São Gonçalo, depois fomos ao IML, foi quando em Tribobó me informaram que haviam encontrado o corpo dele no IML de Nova Iguaçu. Porque até sábado não tinham registrado a morte do Gabriel, apenas no domingo às 17h que procuraram pelas digitais e me informaram, porque ele estava sem os documentos, levaram tudo dele. Na segunda-feira pela manhã, identificamos o corpo. Ele não foi espancado, ele levou dois tiros, inclusive um estava sem o globo ocular porque um dos tiros pegou no olho Denise Gonçalves, Avó
  

O namorado José Roberto de Oliveira contou que conversou com Gabriel no WhatsApp até antes das 18h de sexta, quando ele não respondeu mais. O casal estava junto há pouco mais de 2 meses e tinha acabado de alugar um apartamento no Centro do Rio. De acordo com Roberto, eles realizariam a mudança no sábado (15).

"O que fica é a lembrança de que ele era uma pessoa muito feliz, não tinha ódio no coração. Não é justo terem tirado a vida dele dessa forma. Ele tinha 20 anos e muitos planos, inclusive, uma vida junto comigo no novo apartamento", afirmou José Roberto. 

  • Familiares e amigos de Gabriel deram o último adeus ao jovem na tarde desta terça-feira (18)
    Familiares e amigos de Gabriel deram o último adeus ao jovem na tarde desta terça-feira (18)
  • Familiares e amigos de Gabriel deram o último adeus ao jovem na tarde desta terça-feira (18)
    Familiares e amigos de Gabriel deram o último adeus ao jovem na tarde desta terça-feira (18)
  • Gabriel era muito querido entre seus parentes
    Gabriel era muito querido entre seus parentes
  • Gabriel era muito querido entre seus parentes
    Gabriel era muito querido entre seus parentes
  

Os amigos também enalteceram as qualidades de Gabriel, como Isabelle Braga, de 23 anos. " A maior lembrança que ficará será a energia que ele tinha de viver, de ser feliz e querer fazer as pessoas que viviam ao redor dele também felizes", disse.   

"Foi um presente de Deus, e eu sei que ele está em um bom lugar agora. Mas quero justiça porque ele era uma pessoa muito boa", completou a mãe biológica Cristiane Gonçalves da Silva. 

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