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'Fatalidade', afirma pai em enterro de PM atropelado na Ponte

O cabo deixou quatro filhos ainda crianças

O enterro aconteceu na tarde desta segunda-feira (6) e reuniu diversos companheiros de farda do cabo
O enterro aconteceu na tarde desta segunda-feira (6) e reuniu diversos companheiros de farda do cabo |  Foto: Marcelo Eugênio

O corpo do cabo da Polícia Militar Artur Virgílio Ellena Guarana Guia, de 42 anos, foi sepultado na tarde desta segunda-feira (6) no cemitério Parque Nycteroy, no bairro de Vista Alegre, em São Gonçalo. O aposentado Antônio Carlos Fontes , 78 anos, pai do Artur, contou ao ENFOCO que foi uma fatalidade o que aconteceu com seu filho. 

Antônio Carlos Fontes, de 78 anos, lamenta a morte do filho
Antônio Carlos Fontes, de 78 anos, lamenta a morte do filho |  Foto: Marcelo Eugênio
  

“Ele amava a profissão dele, desde pequeno. Ele entrou no consulado dos Estados Unidos como segurança e após isso quis ser Policial. Se não fosse essa fatalidade, ele estaria até hoje na profissão. Ele era muito amoroso. O mais importante que ele deixa é o amor”, disse o aposentado.   

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Familiares e amigos se reuniram para prestar homenagem ao PM que morreu atropelado na madrugada deste domingo (5). Diversos companheiros de farda da Policia Militar, da equipe de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM), do batalhão de Choque e ainda a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estiveram presentes no velório para prestar suas condolências ao falecido cabo.

  • Agentes da RECOM prestaram suas homenagens ao falecido
    Agentes da RECOM prestaram suas homenagens ao falecido
  • Agentes da RECOM prestaram suas homenagens ao falecido
    Agentes da RECOM prestaram suas homenagens ao falecido
  • Agentes da RECOM prestaram suas homenagens ao falecido
    Agentes da RECOM prestaram suas homenagens ao falecido
  • Enterro aconteceu na tarde desta segunda-feira (6)
    Enterro aconteceu na tarde desta segunda-feira (6)
 

Durante o sepultamento de Artur, o comandante da equipe Delta 7 da RECOM, Alex Carvalho de Mello, escreveu um texto com sentimentos e honra à memória do cabo. O comandante ainda deixou no caixão do falecido cabo um brasão de “Carcará”, pois era seu sonho estudar e fazer parte desta equipe. 

"Nem nos meus mais dolorosos e injustos pensamentos, mesmo contando com todo pessimismo que naturalmente nos assombra eu nunca poderia imaginar um desfecho tão doloroso como esse", afirmou o comandante em sua dedicatória. 

A atual esposa de Artur estava muito abalada, incrédula que seu marido tenha morrido desta forma. A viúva precisou ser segurada e consolada por amigos durante o sepultamento. 

  • Mariana, atual esposa do cabo, estava muito abalada e precisou ser consolada por amigos
    Mariana, atual esposa do cabo, estava muito abalada e precisou ser consolada por amigos
  • Mariana, atual esposa do cabo, estava muito abalada e precisou ser consolada por amigos
    Mariana, atual esposa do cabo, estava muito abalada e precisou ser consolada por amigos
  • Mariana, atual esposa do cabo, estava muito abalada e precisou ser consolada por amigos
    Mariana, atual esposa do cabo, estava muito abalada e precisou ser consolada por amigos
  • Mariana, atual esposa do cabo, estava muito abalada e precisou ser consolada por amigos
    Mariana, atual esposa do cabo, estava muito abalada e precisou ser consolada por amigos
 

Uma das ex-esposas, que preferiu não se identificar,  contou que Artur era uma excelente pessoa e não merecia essa fatalidade. Ainda mais deixando quatro filhos ainda crianças. A filha mais nova de Artur possui apenas sete meses, outra de três anos, um menino de oito e a mais velha de 12 anos. 

O caso 

O Policial Militar morreu atropelado na madrugada de domingo (5) na Ponte Rio-Niterói. O cabo Artur Virgílio Ellena Guarana era lotado no RECOM. A viatura que ele estava enguiçou e desceu do veículo para sinalizar a via, quando foi atropelado e morto por  Caio Gracco Barbosa Amorim Pereira, de 23 anos. 

O motorista Caio Gracco, acusado de atropelar e matar o cabo da PM Artur Virgílio, se entregou na tarde desta segunda (6), na 17ª DP (São Cristóvão). Caio chegou à distrital acompanhado de dois advogados. 

Após o acidente, ele não prestou socorro ao militar e fugiu do local. O carro dele foi localizado na Avenida Brasil, altura de Bonsucesso. 

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