Polícia

Mais dois corpos são encontrados onde lancha se perdeu no Rio

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Tripulação seguia para Fortaleza, no Ceará, quando perdeu contato na semana passada. Foto: redes sociais

A Marinha anunciou, na noite deste sábado (6) que encontrou mais dois corpos que podem ser dos tripulantes a bordo da embarcação "O Maestro", que desapareceu no Rio, quando seguia para Fortaleza, no Ceará, na semana passada. Aeronaves do órgão encontraram os corpos a aproximadamente 35 quilômetros a sudeste do Farol de Cabo Frio, na Região dos Lagos. Eles foram encaminhados para a Enseada do Forno, em Arraial do Cabo-RJ, para identificação.

Já são quatro os corpos recolhidos pela Marinha no mar. Na última quinta-feira (4), a força armada já havia informado o recolhimento de outros dois, que estão em Macaé aguardando identificação. Um freezer também foi encontrado na quarta-feira (3) com mantimentos intactos e foi atribuído com sendo da embarcação dos cinco tripulantes. Uma cadeira branca também foi recolhida por um dos navios de resgate da corporação e seguiu para identificação.

Estavam a bordo da embarcação José Cláudio e Sousa vieira, mecânico de máquinas; Domingos Salvio Ribeiro de Souza, empresário; Guilherme Ambrósio de Oliveira Nascimento, comandante; Wilson Martins dos Santos, pescador; e Ricardo José Kirst, empresário e dono da lancha.

No sétimo dia de procura aos cinco amigos, a Marinha informa, em nota, que "as buscas permanecem em curso, considerando parâmetros técnicos, as ações de ventos e correntes de deriva. Até o presente momento, a Operação de Busca e Salvamento (SAR) aos tripulantes da
embarcação “O Maestro”, coordenada pelo Salvamar Sueste, conta com a participação direta de 120 militares, e que as ações contam com o apoio de todas as embarcações que navegam nas áreas próximas e de empresas civis que operam regularmente helicópteros e navios na região", diz o comunicado.

Último contato

Um operador de plataforma recebeu um pedido de socorro da embarcação onde os cinco amigos estavam, na madrugada do último sábado (30). Segundo o engenheiro civil e consultor náutico, Marcio Dottori, o pedido foi feito pela tripulação por volta da 1h e em condições adversas. O especialista chama a atenção para o fato da inexperiência do grupo em navegar.

"O mar estava muito grosso, agitado, como costumamos dizer, no momento do pedido de socorro. Além disso, ventos de mais de 45 pés, o que dá em torno de 80 km/h, que é muito forte, eram as condições no momento. Dá pra perceber a inexperiência deles ao solicitar o socorro, porque eles não informaram a localização da embarcação, o que é básico nesses tipos de situações. Pode haver outros registros desses pedidos, mas o que esse operador registrou, eles não informaram onde estavam. É muito provável que, com o mar muito grosso, a embarcação não suportou o volume de água, encheu, e pode ter afundado. Essa é uma causa provável devido ao mau tempo", relatou Dottori.

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