Rosane de Faria dos Santos, mãe de Yago de Farias, 17 anos, que morreu após ser baleado na cabeça durante uma operação policial nesta terça-feira (5), foi até o Instituto Médico Legal (IML) no Centro do Rio na manhã desta quarta-feira (6), para a liberação do corpo do filho.
O caso aconteceu em uma região conhecida como Pontilhão, Zona Norte do Rio. Em um estado emocional bastante abalado, a matriarca estava acompanhada por Ligia Lima, avó do jovem.
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“Ele era um menino muito prestativo. Quem mora em comunidade sempre vive como alvo, a gente vive à mercê, não chega um programa social só polícia matando. Ele trabalhava comigo entregando lanches. Eu não sei nem mais o que pensar, o meu filho não vai mais voltar. Ele levou um tiro na cabeça e morreu na hora. Ele me ajudou a vida toda”, disse a mãe.
Conforme relato da família, Yago estava utilizando fones de ouvido enquanto se dirigia para casa durante o tiroteio, o que pode ter impedido que ele ouvisse os disparos.
“Ele estava com o fone no ouvido, nem se deu conta do que aconteceu, foi alvejado pelas costas. Os moradores nos disseram que após o meu filho ser baleado, os policiais foram até ele e viram que ele não tinha nada e deixaram ele lá caído. Nós tiramos o corpo dele e fomos para UPA, mas infelizmente ele morreu. Iago deixou uma família que está arrasada com o que aconteceu, estamos sofrendo com uma partida tão cruel. Foi uma maldade que fizeram com o meu neto”, contou a avó.
Operação
Durante a operação na manhã de terça-feira (5), a Polícia Militar conseguiu recuperar sete veículos e duas motocicletas que haviam sido roubados.
Além disso, durante a ação, os agentes apreenderam um fuzil, munições, carregadores e um colete balístico. Dois homens foram presos e um morto.
Ao adentrarem a comunidade de Manguinhos, os policiais foram alvo de ataques por parte de criminosos armados, resultando em uma troca de tiros. Um automóvel utilizado pelos delinquentes exibiu marcas de disparos e foi identificado como veículo roubado.