São Gonçalo

Morte do lutador Vitor Reis em São Gonçalo completa um mês

Laudo da reconstituição deveria ter ficado pronto no dia 1º

Vítor treinava desde os 8 anos na comunidade.
Vítor treinava desde os 8 anos na comunidade. |  Foto: Marcelo Tavares
 

Passado um mês da morte do lutador Vitor Reis de Amorim, de 19 anos, o laudo da reconstituição feita pela Polícia Civil, no último dia 4 de janeiro, ainda não ficou pronto, segundo a Delegacia de Neves (73ª DP), que investiga o crime. A previsão era que o laudo ficasse pronto no último dia 1º. 

Mesmo sem o resultado do laudo, a polícia não tem dúvidas de que o tiro que atingiu e matou o lutador, no dia 28 de dezembro de 2021, partiu da arma de um dos policiais militares, que atuavam na comunidade da Jaqueira, no bairro Patronato, em São Gonçalo. O PM segue afastado das funções, segundo a Polícia Militar.

A família garante que o jovem não tinha qualquer envolvimento com o tráfico de drogas, enquanto a PM sustenta a versão de que o rapaz estava armado e teria sido atingido durante confronto.  

Tudo leva crer que o Vítor era dependente químico. Não estamos falando que ele era bandido Leonardo Macharet, titular da Delegacia de Neves (73ªDP),
 

A Corregedoria da Polícia Militar justifica ainda estar acompanhando o caso para averiguar as circunstâncias da ocorrência e que os policiais militares envolvidos também tiveram as armas utilizadas encaminhadas à perícia, mas não esclareceu qualquer resultado de análise.

Segundo o pintor Valneci Ferreira, pai de Vítor, a família ainda está muito abalada com o ocorrido.

“Pode fazer um, dois meses, o sofrimento vai ser pra sempre. Tá tudo caminhando, estou dando auxílio a minha esposa que está muito abalada, mas está dando tudo certo e caminhando bem”, disse.

Luta

Vítor treinava desde os 8 anos na comunidade.
Vítor treinava desde os 8 anos na comunidade. |  Foto: Marcelo Tavares

Vítor, que era lutador de Muai Thay, colecionava medalhas no esporte. Se tornou referência no mundo da luta para jovens da comunidade e alunos de onde treinava. No local onde treinava foi colocado um cartaz com a fotografia do lutador, chamando a atenção de quem chega no espaço.

Segundo Romildo Lima, mestre de Muai Thay há 36 anos, que treinava o lutador, Vítor lutava desde os 8 anos e sempre foi um jovem esforçado que amava o que fazia. Ele era um dos 70 alunos, entre crianças, jovens e adolescentes de comunidades, que faziam parte do projeto de Muai Thay.

“O Vítor era um talento, muito esforçado e bom lutador. Ele não tinha medo de lutar. A estreia dele no Muai Thay foi lutando com um cara que já tinha nove lutas, Vítor deu um show. Ele tinha um dom, é difícil achar uma pessoa assim”.

O profissional da luta garantiu que Vítor não será esquecido, inclusive, ele pretende fazer um evento em homenagem ao ex-aluno. 

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