Reviravolta

Mulher desaparecida em SG pode ter sido morta por filho preso

Ossada, que pode ser de Adriana, foi encontrada em Itaipuaçu

Adriana desapareceu no dia 20 de janeiro
Adriana desapareceu no dia 20 de janeiro |  Foto: Reprodução
 

A Polícia Civil investiga se um dos filhos de Adriana Estevam pode ser o mandante da morte dela. Uma ossada foi encontrada na manhã desta terça (11) em um matagal de Itaipuaçu com a roupa que a mulher, moradora de São Gonçalo, usava quando desapareceu após dizer que iria procurar emprego. 

Segundo informações obtidas com exclusividade, um dos filhos de Adriana teria ordenado a morte da mãe de dentro do presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, onde cumpre pena por outros crimes. A morte, segundo a polícia, teve a participação de dois comparsas. A motivação ainda é investigada. 

O acusado, de 24 anos, foi preso ainda antes do assassinato por cárcere privado, violência contra a mulher, roubo majorado, entre outros. Ele já estava detido quando a mãe desapareceu no dia 20 de janeiro. 

Investigações dão conta de que o filho, que está preso por outro crime, teria dado a ordem de dentro da cadeia a dois homens para executar a própria mãe
  

Outro filho, Diogo Estevam, morava com a vítima antes dela sumir. Foi ele também quem tentou encontrar Adriana durante os três meses em que ela estava desaparecida. O rapaz  foi avisado por um morador da região, que o levou até onde os restos mortais foram achados. Lá, ele reconheceu a roupa que a mãe usava quando desapareceu. 

"É bizarro um filho fazer isso com a própria mãe”, contou Diogo, sobre os rumos da investigação que podem culminar na autoria do irmão. 

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Adriana sumiu depois de sair de casa para uma entrevista de emprego na Ceasa, em São Gonçalo. Dias depois, a família soube que, na verdade, a entrevista era em Maricá. Desde esse dia, parentes não conseguiram mais contato.

Material foi encontrado em uma zona de mata em Itaipuaçu
Material foi encontrado em uma zona de mata em Itaipuaçu |  Foto: Marcelo Tavares
 

A polícia também está com imagens que mostram a mulher saindo de um ônibus em Maricá e, depois, sendo sequestrada por dois homens que a empurraram em um carro em um local próximo de onde os possíveis restos mortais foram encontrados. 

Os ossos foram levados para o Instituto Médico-Legal (IML) do Barreto e irão passar por exames para verificar se de fato são de Adriana. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNSG).    

O caso

Adriana, mãe de quatro filhos, tinha experiência com vendas e, apesar de estar há 12 anos com o companheiro, ela queria complementar a renda de sua casa e se candidatou a uma vaga de emprego, por isso, ela saiu de casa naquele dia, buscando uma oportunidade. 

O filho Diogo Estevam, irmão do possível mandante do crime, foi quem realizou as buscas pela mãe em hospitais, delegacias e IMLs. Ele, junto com os parentes, passou os últimos três meses vivendo um verdadeiro pesadelo sem a mulher. 

Às 9h54 do dia 20 de janeiro, segundo investigações, Adriana saiu de Nova Cidade, onde morava e pegou o ônibus até o Carrefour do Alcântara. "Ela chegou lá às 10h22. Minha avó disse que ligou para ela pela última vez às 10h43 e minha mãe disse que estava esperando a entrevista. Minha avó seguiu e foi fazer as coisas dela. Às 11h09, minha mãe falou com minha irmã no telefone e ela disse que estava no ponto de ônibus. Aí não sabemos se ela estava com alguém ou sozinha, se tinha feito a entrevista ou não. Desde então, o telefone dela dá desligado”, afirmou Diogo na época do desaparecimento da mãe dele. Adriana desapareceu com uma quantia em dinheiro, cartões e documentos. A ossada foi encontrada após a ajuda de moradores de Itaipuaçu. 

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