Revolta

Mulher estuprada em DP diz que foi ameaçada: 'Conheço bandidos'

Policial também é acusado de agressões físicas contra a vítima

A vítima teria sido estuprada dentro da 12° DP (Copacabana)
A vítima teria sido estuprada dentro da 12° DP (Copacabana) |  Foto: Arquivo - Pedro Conforte
  

A jovem de 25 anos estuprada dentro da 12° DP (Copacabana), na madrugada do dia 4 de fevereiro, acusa o policial civil Genilson Barbosa Bonfim de ter a ameaçado antes da agressão. Segundo a vendedora, o abuso teria sido em troca pela liberdade de seu namorado - que estava preso por agredi-la.

“O policial disse que se ela fizesse sexo com ele, o soltaria”, diz o termo de declaração da mulher. Ela afirmou ter sido levada para um quarto, onde o agente colocou a arma em uma mesa e efetuou as ameaças.

“Você vai me deixar bem à vontade porque tenho conhecimento com bandidos da Rocinha. Tenho seus documentos e seu endereço, e você vai ficar bem quietinha”, teria dito o homem durante a ação.

Ainda conforme os relatos, ele cometeu agressões físicas, apertando o pescoço dela. Tudo teria acontecido durante a madrugada.

Celular periciado

O celular de Genilson passará por uma perícia no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). O policial teria usado o telefone para mandar mensagens para a vítima elogiando suas partes íntimas após cometer o crime.

Ela procurou a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio, onde registrou um boletim de ocorrência. O Laudo de Exame de Corpo Delito de Conjunção Carnal comprovou que houve ação contundente.

Com a resposta do laudo, a Deam pediu a prisão preventiva do policial, mas teve o pedido negado pelo Tribunal de Justiça.

Ao portal g1, Patrick Rosa Barreto, advogado da vítima, disse que ela tinha o sonho de ser PM: "Isso é inadmissível. O exame do IML constatou o estupro. Ele precisa ser responsabilizado. A menina está em estado de choque com tudo que aconteceu. A minha cliente tinha um sonho de ser policial militar e agora está abalada com tudo isso. Ela desistiu do sonho. Queremos celeridade e a prisão dele. A Justiça negou o pedido de prisão, um absurdo. Vou me habilitar como assistente de acusação e requerer a prisão".

Em nota, a Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio, que ouviu os envolvidos e testemunhas e realizou outras diligências.

"A autoridade policial representou pela prisão preventiva do acusado, que foi indeferida pela Justiça. O telefone celular dele foi apreendido e foi encaminhado para perícia. Em paralelo, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil (CGPOL) instaurou sindicância e afastou imediatamente o servidor. A Polícia Civil reforça que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e que todos os fatos já estão sendo apurados, assim como as medidas cabíveis serão adotadas no rigor da lei", diz a nota.

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