Prisão

Operação prende 17 policiais ligados a bicheiro Rogério Andrade

Agentes são acusados de realizar a segurança do contraventor

Operação aconteceu na manhã desta quarta, no Rio
Operação aconteceu na manhã desta quarta, no Rio |  Foto: Divulgação

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou na manhã desta quarta-feira (20) uma operação para efetuar a prisão de 19 policiais militares e um policial penal, acusados de fornecer segurança para o bicheiro Rogério Costa de Andrade e Silva, patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

No entanto, o contraventor não estava entre os alvos da operação. Além dos 19 mandados de prisão por crimes relacionados à organização criminosa, a Justiça também emitiu mais de 50 mandados de busca e apreensão, que serão cumpridos nas residências dos alvos e outros locais ligados ao grupo.

Até o momento, 16 policiais militares e um policial penal foram detidos. Um deles foi capturado enquanto se dirigia para o trabalho. Durante a manhã, o material apreendido foi encaminhado para a sede do MPRJ, localizada no Centro do Rio. Entre os 19 agentes, 18 estão em serviço ativo e um está reformado, além do agente penal, que também está em serviço pela Seap.

A operação contra os agentes ligados ao bicheiro foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do Ministério Público do Rio de Janeiro, com o apoio da Corregedoria Interna da Polícia Militar, da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) e da Polinter da Polícia Civil.

A promotoria apresentou acusações contra 33 acusados, contando com uma mobilização de 206 agentes e 70 viaturas da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, em conjunto com as corregedorias da PM e da Seap, durante a operação.

Batizada com o nome de "Operação Pretorianos", a ação recebeu esse título em referência à Guarda Pretoriana, uma unidade de proteção dos imperadores romanos na antiguidade.

Além disso, ela é uma continuação da Operação Calígula, que teve como alvo as redes de jogos de azar associadas a Rogério Andrade e Ronnie Lessa em 2022. Na época, os policiais realizaram 24 mandados de busca e apreensão em empresas ligadas à lavagem de dinheiro de casas de apostas.

Entre os acusados estavam Rogério de Andrade, seu filho Gustavo de Andrade, o então chefe de segurança Márcio Araújo de Souza, Ronnie Lessa (acusado do duplo homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes), além dos delegados Marcos Cipriano e Adriana Belém.

Quem é o contraventor?

Rogério Andrade, sobrinho de Castor de Andrade, uma figura proeminente na contravenção carioca na década de 1980, seguiu os passos do tio no negócio do jogo do bicho. O bicheiro foi detido em agosto de 2022, após uma ação do Gaeco do MPRJ.

O contraventor está respondendo um processo por liderar uma organização criminosa responsável por controlar o jogo do bicho, a operação de máquinas caça-níqueis, bingos e cassinos na Zona Oeste do Rio.

Ele foi preso em 2022, após investigações revelarem que sua organização criminosa recorria à violência e ameaças para expandir suas atividades ilegais no jogo do bicho.

De acordo com o Ministério Público, essa organização também subornava policiais civis de delegacias especializadas para garantir a continuidade de suas atividades ilegais.

Rogério Andrade foi liberado em 2022 por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, atualmente, está em liberdade com o uso de tornozeleira eletrônica.

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