Operação 'Sofisma'

PF mira esquema de corrupção contra Fundação Getúlio Vargas

Instituição de ensino era alvo de contratos fraudulentos

O Objetivo é cumprir 29 mandados de busca e apreensão
O Objetivo é cumprir 29 mandados de busca e apreensão |  Foto: Marcelo Tavares
 

A Polícia Federal (PF) realiza nesta quinta-feira (17) uma operação que mira um esquema de corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro que explorava a Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

Batizada de Operação Sofisma, a ação conta com cerca de 100 policiais que têm o objetivo de cumprir 29 mandados de busca e apreensão, sendo 26 na capital fluminense e três na cidade de São Paulo. Foram emitidas, ainda, ordens de sequestro e cautelares restritivas.

Investigação teve início em 2019, após informações de que a instituição era utilizada por órgãos federais e por vários outros órgãos estaduais para fabricar pareceres que mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos
  

De acordo com a PF, a investigação teve início em 2019 após informações de que a instituição era utilizada por órgãos federais e por vários outros órgãos estaduais para fabricar pareceres que mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos que resultaram em pagamento de propinas, funcionando como um verdadeiro “biombo legal”.

Ainda segundo a PF, apurou-se que, mais do que emitir pareceres inverídicos que camuflavam a corrupção dos agentes públicos, a entidade superfaturava contratos realizados por dispensa de licitação e era utilizada para fraudar processos licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de empresas indicadas por agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus executivos e fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a empresas que concorriam em licitações coordenadas por ela.

Para ocultar a origem ilícita dos valores, além das empresas de fachada nacionais, observou-se que diversos executivos titularizam offshores em paraísos fiscais como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas, indicando não só a lavagem de capitais, como evasão de divisas e de ilícitos fiscais.

A FGV foi questionada sobre o caso, mas ainda não houve resposta. 

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