Crime

Pirâmide na Guarda do Rio movimentou R$ 134 milhões, diz polícia

Esquema lesou profissionais da instituição

Rodrigo Cesar de Souza da Silva foi preso nesta terça (7) acusado de esquema financeiro entre colegas da Guarda Municipal
Rodrigo Cesar de Souza da Silva foi preso nesta terça (7) acusado de esquema financeiro entre colegas da Guarda Municipal |  Foto: Lucas Alvarenga

As investigações da Polícia Civil indicam que as empresas criadas pelo guarda municipal Rodrigo Cesar de Souza da Silva e pelo empresário Jadson Luiz do Nascimento Gonçalves causaram um prejuízo de, pelo menos, R$ 400 mil às vítimas. Apenas em 2021 e 2022, os valores chegaram a R$ 134 milhões. Uma das vítimas chegou a dar R$ 4 milhões para a empresa.

O prejuízo pode chegar, inclusive, a um número maior, já que a Polícia Civil espera que mais vítimas compareceram à delegacia e denunciem o caso.

Rodrigo foi preso na operação Alta Confiança, realizada nesta terça-feira (7), pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), do Ministério Público do Rio. Jadson segue foragido.

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O promotor Bruno Rinaldi explicou como funcionava o esquema criado pelos suspeitos. “Havia uma captação de investimentos, um contrato de aluguel de capital, simulando uma operação de day training. As vítimas injetavam o dinheiro e não tinham retorno, dentro daquele procedimento que conhecemos praticamente como pirâmide”, afirmou.

Na operação, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão, contra Rodrigo e Jadson, e oito de busca e apreensão com outros envolvidos no esquema. A investigação contra o crime começou após denúncias de vítimas e durou cinco meses.

“O Rodrigo se valia de sua função pública para atrair os seus colegas de trabalho, passando que ele era um homem bem sucedido investindo, então, postava fotos em redes sociais, aparentava ter um padrão de vida acima do que os rendimentos dele permitiam. Foi isso que fez com que os colegas ficassem atraídos e fossem investir na proposta que ele apresentou. As vítimas tinham esperança de aumentar o seu padrão de vida”, afirmou o delegado Deoclécio Assis, da 57ª DP (Nilópolis), responsável pela investigação.

Até o momento, 12 guardas denunciaram que foram lesados pelo caso, além de seus familiares.

Os outros oito envolvidos na organização criminosa cumpriam funções como o transporte dos valores e comercializava os automóveis e imóveis que as vítimas queriam vender para investir nas empresas. O grupo estava expandido o crime para a Bahia.

Procurada, a Guarda Municipal do Rio informou que o guarda citado já foi afastado de suas atividades profissionais. O caso está sendo acompanhado pela Corregedoria e a instituição está colaborando com as investigações do Ministério Público e da Polícia Civil.

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