Investigação

Presa quadrilha do golpe do falso empréstimo em Maricá

O crime atingia vítimas de todo o país

A quadrilha era formada por dois homens e três mulheres
A quadrilha era formada por dois homens e três mulheres |  Foto: Divulgação - Polícia Civil

Cinco criminosos foram presos, nesta quarta-feira (2), em Itaipuaçu, distrito de Maricá, depois que a Polícia Civil descobriu que em uma casa alugada da região, a quadrilha realizava o golpe do falso empréstimo consignado.

Segundo as investigações, o bando enganava vítimas de todo o país, por telefone. Os bandidos fingiam ser atendentes de um banco e pediam os dados das pessoas. Os presos foram levados para a 82ª DP (Maricá). 

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O falso 'call center' foi descoberto pelo setor de inteligência da 82ª DP (Maricá).

"A prisão em flagrante foi importante pois desarticulamos uma quadrilha, o verdadeiro escritório do crime. O setor de inteligência da delegacia soube que aqui em Maricá funcionava uma central do crime, onde uma quadrilha alugou um imóvel via aplicativo de aluguel de casa, e aplicava golpes no Brasil inteiro", afirmou o delegado Rafael Barcia.

Segundo Barcia, foram apreendidos dezenas de celulares, centenas de chips, um caderno com anotações sobre as vítimas e um caderno com um roteiro para enganar as vítimas.

"A gente acredita que diversas pessoas eram vítimas da quadrilha por dia. O estelionato é um crime que tem causado muito prejuízo para muita gente", continuou o delegado.

A quadrilha era formada por dois homens e três mulheres. Todos foram presos em flagrante e autuados por associação criminosa. 

Manual do crime 

Um dos cadernos apreendidos pela polícia continha as instruções com as quais os golpistas deveriam falar para as vítimas por telefone.

Basicamente, os bandidos entravam em contato e se apresentavam como representantes de um banco informando que havia uma solicitação de empréstimo feita em nome da vítima.

Depois, a golpista confirmava alguns dados da vítima e perguntava se ela conhecia esse pedido de empréstimo, o que geralmente era negado.

Em seguida, de acordo com a polícia, a falsa atendente pedia, então, pedia que a vítima entrasse em contato com uma falsa central de cancelamento para cancelar o empréstimo. A golpista passava um número de telefone falso ou dava uma segunda opção: ela transferiria a vítima para uma assistente virtual para fazer esse cancelamento. 

O resto do procedimento era feito por Whatsapp e orientado pela falsa assistente virtual. Esse cancelamento era feito depois que a vítima enviasse uma selfie dela mesma e uma documentação com seus dados, assim, os criminosos conseguiam obter os dados completos das vítimas. 

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