Investigação

Professor é acusado por estupro em escola de Niterói

Caso foi registrado na DPCA nesta terça-feira (29)

Docente acusado atua em escola municipal na Zona Norte da cidade
Docente acusado atua em escola municipal na Zona Norte da cidade |  Foto: Marcelo Eugênio

Um professor da Escola Municipal Rachide da Glória Salim Saker, no bairro Santa Bárbara, na Zona Norte de Niterói, é acusado por estupro de vunerável por mães e responsáveis de alunas de 11 e 12 anos.  A responsável de uma das adolescentes registrou o caso na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Dpca), na terça-feira (29). A Secretaria Municipal de Educação informou que o professor foi afastado até que as investigações sejam concluídas. 

Segundo a avó de aluna de 11 anos, a menina se queixou quem no último dia 21, o professor esfregou o órgão genital em um dos seus ombros. Além dela, ele teria praticado o mesmo ato com outras alunas e alunos.

“No dia 22, eu e as mães de outras três alunas fomos na escola a fim de conversar com a direção. As mães de outras alunas também apareceram lá alegando que as filhas também foram abusadas pelo mesmo professor. A diretora prometeu tomar uma providência”, contou.

A senhora contou ainda que as mães foram chamadas novamente na escola no dia 24 para uma nova reunião mas elas se surpreenderam com a pauta do encontro.

“Para a nossa surpresa, a pauta era para falar do comportamento das alunas dentro da sala de aula. A direção alegou que as meninas levantavam as camisas dentro da sala. A atitude do professor não foi pautada na reunião. Com isso, não assinamos a ata”, disse a idosa. 

A neta da mulher fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) do Barreto, na manhã desta quarta-feira (30).

Ainda de acordo  com a denúncia, os abusos vêm acontecendo desde o ano passado, quando uma aluna caiu no pátio e foi amparada pelo professor. Ele teria levantado a menina pelas axilas e colocado as mãos nos seios dela.

“Na época, a menina relatou o caso à diretoria, mas nada foi feito. Falaram que ela teria entendido errado que não era nada daquilo. E agora, o que que é então que está acontecendo? Semana passada, a minha filha chegou em casa falando que que aconteceu aqui na escola com a amiga dela. Eles têm que fazer alguma coisa”, contou a mãe de outra estudante.

O ENFOCO esteve na escola no início da manhã desta quarta (30), mas a diretora disse que não iria se pronunciar. O núcleo municipal do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-Niterói) informou que ainda não tomou conhecimento do fato, mas que de qualquer forma repudia esse tipo de conduta.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) e a Fundação Municipal de Educação (FME) informaram que foram notificadas nesta quarta sobre o caso e estão tomando as medidas pedagógicas necessárias.  Ainda segundo o comunicado, a unidade de educação acionou o Conselho Tutelar. 

"A SME e a FME seguirão acompanhando o caso, prestando assistência à escola e à estudante e seus familiares. A SME e a FME lamentam e repudiam profundamente qualquer ato de violência, e prezam sempre por um ambiente escolar de respeito, inclusivo e acolhedor", completaram os órgãos na nota. 

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