O ataque a uma padaria invadida e roubada por dois criminosos armados, na tarde desta quinta-feira (27), no bairro Várzea das Moças, em São Gonçalo, se soma a modalidade de crime que está virando rotina, segundo comerciantes da região, que denunciam outros ataques no bairro. Pelo menos cinco estabelecimentos já foram roubados nos últimos 30 dias.
“Eles chegam, roubam, vão embora e nada acontece. Ontem fomos nós, amanhã pode ser outro comércio aqui da região”
Lamenta o comerciante que preferiu ter a identidade preservada.
De acordo com a vítima, os ataques são realizados por uma quadrilha formada por três homens e uma mulher, que se revezam na atividade criminosa. Durante os roubos, eles ainda oprimem as vítimas, obrigando a ficarem sentadas no banheiro dos estabelecimentos enquanto eles roubam mercadorias, dinheiro e pertences.
“Eles entram, obrigam clientes e funcionários a entrarem dentro do banheiro. Enquanto isso fazem a limpa. Já estamos vivendo um momento difícil e quando menos esperamos acontecem essas coisas. É desanimador”
Imagens de câmeras de segurança do estabelecimento na Avenida Plínio Gomes de Mattos Filho, em Várzea das Moças, a menos de 1km de um posto policial registraram a ação dos bandidos, que invadiram a padaria, por volta das 12h10, e roubaram mercadorias e dinheiro do caixa do estabelecimento. No mesmo dia, eles cometeram o mesmo delito em uma loja de roupas ao lado da padaria e ainda atacaram uma loja de piscinas no mesmo bairro.
“Um desses bandidos usa uma artimanha de fingir que tá mancando após as ações criminosas para fingir que não oferece perigo a ninguém. Entretanto, quem vê ele fora dessas ações sabe que ele não tem nenhum problema físico. É apenas uma estratégia para despistar a polícia”
Outros dois estabelecimentos, sendo uma pensão e uma loja de material de construção, foram roubados pela mesma quadrilha nos últimos 30 dias. Todas as ações criminosas foram registradas na Delegacia do Rio do Ouro (75ª DP), que informa já estar investigando a ação dos criminosos com o objetivo de identificar e localizar os suspeitos.
Questionado a respeito das ações na região, o comandante do Batalhão de São Gonçalo (7°BPM), tenente-coronel Gilmar Tramontini, informou que o policiamento é feito de acordo com a mancha criminal.
“Fazemos o policiamento de acordo com os dados da mancha criminal. Caso os dados revelem uma ação mais contundente desses marginais, iremos reforçar o patrulhamento e chegaremos a localização desses criminosos”
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