A Polícia Civil indiciou por homicídio culposo - quando não há a intenção de matar - o segurança da rede de supermercados Extra, da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, acusado de matar um jovem de 19 anos, após imobilizar o garoto com um “mata-leão” - golpe usado por profissionais em lutas de artes marciais -. O caso ocorreu nesta quinta-feira (14) e tomou grande repercussão após um vídeo, gravado por um cinegrafista amador, ser divulgado nas redes sociais.
Em depoimento o segurança alega que a vítima tentou puxar sua arma e por isso ele foi obrigado a imobilizar o garoto. Na imagem registrada, uma mulher ainda pede para que o segurança solte o rapaz, mas o pedido é negado. Alguns colegas de trabalho do segurança se aproximam, mas não impedem que o companheiro continue a imobilização.
Pedro Gonzaga chegou a ser levado Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra, mas não resistiu e veio a óbito. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória, segundo a direção da unidade hospitalar.
O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) e o segurança irá responder em liberdade. Ele deixou a delegacia ainda na noite desta quinta, após pagar a fiança estipulada pela autoridade policial.
Em nota, a direção do Extra disse que repudia a ação violenta e que todos os seguranças envolvidos no caso já estão afastados de suas atividades.
"A rede, que pertence ao Grupo Pão de Açúcar, esclarece que repudia veemente qualquer ato de violência em suas lojas. A empresa abriu uma investigação interna e constatou de forma inicial que se tratou de uma reação a tentativa de furto a arma de um dos seguranças da unidade da Barra da Tijuca", esclareceu.
O Extra ainda informou que está acompanhando as investigações por parte da Polícia Civil.
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