Durante a primeira audiência do caso da morte do adolescente João Pedro, na tarde desta segunda (5), a primeira pessoa a ser ouvida pela juíza Juliana Grillo, no Fórum do Colubandê, em São Gonçalo, foi Maria do Carmo Gargaglione, diretora da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia do Ministério Público.
Segundo a profissional, a perícia técnica realizada na reconstituição simulada, que contou com um aparelho de scanner, detectou que nenhum tiro partiu do interior da casa.
Leia+: Familiares de João Pedro realizam ato por Justiça: 'Longa espera'
A perita descartou a possibilidade, que a defesa dos acusados alegam, de que algum suspeito tenha pulado o muro do imóvel onde João Pedro estava para fugir da polícia. O muro da residência chega a dois metros e dez centímetros, o que impossibilitaria a ultrapassagem de uma pessoa sem ajuda.
Compareci na casa juntamente com outros dois peritos. Haviam três marcas de tiros na garagem e muitos tiros no interior do imóvel Maria do Carmo Gargaglione, diretora da Divisão de Evidências Digitais
“Se tivesse um mínimo de vestígio, nós investiríamos nisso. Tinha que haver algo diferente”, alegou a especialista sobre a possibilidade de invasão do imóvel.
Ainda segundo Maria do Carmo, a porta da casa tem vidro espelhado, com isso, quem estava do lado de fora não conseguiria ver quem estava dentro. Os policiais teriam atirado sem saber que os adolescentes estavam no interior da casa
Tags
