Tragédia

Vendedor de picolé morre atropelado na Zona Oeste; condutor fugiu

Família chegou a ficar dois dias sem notícias de Adilson Alves

Adilson trabalhava há mais de 50 anos na Praia da Barra e faria aniversário em agosto
Adilson trabalhava há mais de 50 anos na Praia da Barra e faria aniversário em agosto |  Foto: Arquivo da família
 

O vendedor de picolé Adilson Alves, de 70 anos, morreu atropelado por uma moto na terça (23), no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Segundo a família do idoso, o condutor fugiu do local sem prestar atendimento.

Adilson teve traumatismo craniano e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra e, em seguida, transferido para o Souza Aguiar, no Centro. Ele morreu na última segunda (29). A família ficou pelo menos dois dias sem notícias de Adilson, que estava sem documentos no momento do acidente. 

De acordo com parentes, ele foi deixado na Avenida das Américas, à noite, na altura do número 16.000, quando houve o acidente por volta das 20h30. 

Enteada de Adilson, a técnica de enfermagem Kelly Cristina Alves explicou que o idoso trabalha há mais de 50 anos na Praia da Barra da Tijuca como vendedor de picolé e é muito conhecido na região. 

“Ele trabalha na Barra da Tijuca há mais de 53 anos. Colocamos nas redes sociais, quando fomos informados que ele havia sofrido um acidente e foi transferido para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. Ficamos com ele no hospital. Ele ia fazer a cirurgia nessa segunda-feira (29), por estar com sangue na cabeça, mas ele veio a falecer na madrugada antes da cirurgia”, disse. 

O idoso morreu seis dias depois de dar entrada na unidade. A família registrou o caso na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) e ainda aguarda informações da Polícia Civil sobre a identificação do condutor que o atropelou. A polícia foi questionada a respeito das investigações, mas não enviou resposta. 

“Queremos justiça. Ele era conhecido, querido, divertido, alegre, na praia todo mundo conhecia ele. Era bem conhecido, sempre trabalhou, nunca tirou férias, foi um pai presente. Ele conheceu minha mãe eu tinha quatro anos e ele teve mais três filhos com minha mãe. Ele deixa três filhos, dois enteados, netos, bisnetos”, afirmou ela. 

A família iria comemorar o aniversário de Adilson no dia 15 de agosto. 

“A gente ia fazer uma grande festa do Fluminense, que era o time do coração dele. Não vamos comemorar, mas ele será enterrado com a blusa do time que ele sempre amou”, revelou. O idoso será sepultado às 13h30 no Cemitério Murundu, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio.

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