Grave

Vídeo mostra PM apontando arma para professores em ato no Rio

Caso aconteceu na quarta-feira, no Centro do Rio

O caso ocorreu no Centro do Rio
O caso ocorreu no Centro do Rio |  Foto: Reprodução
 

Uma cena grave chamou atenção, na quarta-feira (14), em ato dos profissionais de Educação da rede pública estadual, em greve há quase um mês. Um vídeo mostra um policial militar apontando uma arma para manifestantes, na entrada da sede da Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), no Centro do Rio. 

As imagens mostram os manifestantes correndo após entrarem em um portão. Depois, um agente se aproxima e empurra um dos manifestantes. O policial ainda aponta a arma para os profissionais de Educação que, revoltados com a atitude, pedem que ele atire. O que felizmente não aconteceu, mas uma  confusão foi criada a partir do ocorrido. 

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O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) postou, em suas redes sociais, uma nota de repúdio ao que aconteceu. 

"O Sepe repudia violência da PM contra educadores na vigília na Seeduc. Centenas de profissionais ficaram na parte da tarde no local, reivindicando uma audiência com a Secretaria. O Sepe repudia a postura da PM no local, que intimidou os profissionais de educação, com um policial chegando a sacar sua arma e ameaçar as pessoas Denunciamos essa violência contra educadores que estão pura e simplesmente se mobilizando pelos seus direitos", diz a nota da entidade. 

Integrantes do Sepe justificaram ainda o motivo do ato em frente à Seeduc. 

"Ontem (quarta), o governo (do estado) desmarcou a audiência que tinha marcado com a comissão do Sindicato. Estávamos nos manifestando na Seeduc reivindicando que o governo nos recebesse. A PM quis impedir a manifestação pacífica dos profissionais da educação na porta da Secretaria", disse Sara Busquet , da direção do Núcleo Niterói do Sepe. 

O que diz a PM 

A Polícia Militar disse que tentou impedir a ação dos manifestantes. "Na tarde desta quarta-feira (14), policiais militares do 5ºBPM (Praça da Harmonia) e do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM) atuaram na área central da cidade do Rio, onde ocorreu um ato público. Segundo os policiais militares do 5ºBPM, que estavam no local, durante o acompanhamento do evento, houve a tentativa de forçar a entrada em um prédio localizado entre a Avenida Erasmo Braga e Avenida Presidente Antônio Carlos, tendo as equipes policiais agido para intervir e impedir a ação dos participantes do ato público, que inclusive avançaram contra a barreira policial a fim de ultrapassá-la", revelou a corporação em nota. 

A Seeduc não comentou sobre o vídeo. "A Seeduc recebeu a proposta apresentada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação à Assembleia Legislativa do Estado do Rio Janeiro. E as reivindicações já foram encaminhadas à Casa Civil, que levará a proposta para análise da Comissão do Regime de Recuperação Fiscal", disse o órgão em nota. 

Um mês de greve

Os profissionais de Educação estão em greve desde o dia 17 de maio, pedindo a equiparação dos salários ao piso nacional de R$4.420. Desde então, a categoria vem tentando negociar com o governo do estado sem sucesso, com a intermediação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). 

"Não aguentamos mais receber o pior salário do país, reivindicamos o pagamento do Piso Nacional Salarial do Magistério, respeitando o nosso Plano de Carreira. Não aceitamos da forma que o governador quer, que é tirando nossa carreira e transformando o piso em teto. Reivindicamos também que os funcionários não recebam mais abaixo do salário mínimo", disse Sara Busquet.

 

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